1972. Talento pra retratar ele tinha, só que a coisa não deslanchava. Bingo! Propaganda era o que faltava. E propaganda na Sanja de antanho era rádio AM. E rádio AM na Sanja setentista era sinônimo de Compadre Fica-Fica.
“Como a sua loja não tem nome?”, vociferou o radialista lendário desta província crepuscular.
Bradou e batizou, já emendando com o slogan que mudaria a história de Wilson Schiavon: “Foto Copacabana, onde sua foto fica bonita e bacana!”.
O reclame pelas ondas radiofônicas despejou um caminhão de fregueses para o então iniciante fotógrafo.
Contabilizados, de 1972 até 2007, quando seu Wilson pendurou a câmera, foram mais de 16.000 batizados, mais de 5.000 casamentos e outros milhares de aniversários.
Retratando efemérides por 35 anos, ele criou e formou quatro filhas, construiu um honesto patrimônio e contribuiu como poucos para a memória fotográfica deste torrão mantiqueiro.
Pai da minha querida comadre, Alessandra Schiavon, seu Wilson hoje curte uma merecida aposentadoria, pescando, “baralhando” com amigos e pajeando as netas.
Na imagem rara que ilustra o post, o fotógrafo está na posição das centenas de milhares de pessoas que ele clicou.