quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dra. Cherie

Ana "Cacá" Carolina & Ana "Cici" Cecília: cherie-sisters

Ana “Cici” Cecília Navarro, dentista com pendores para moda & estilo, percebeu que os jalecos que vestia para clinicar eram um tanto insossos. Cores e formas precisavam ser inseridas num segmento tão branco quanto quadrado. Um apelo de grife necessitava ser introduzido num ramo tão genérico.

A falta de opções menos desinteressantes na praça foi o clique para criar, fabricar e mercadejar.

Decidida, a odontóloga-estilista convocou a irmã Ana “Cacá” Carolina para a sociedade e, estimuladas pela família, planejaram, arriscaram e estabeleceram a Dra. Cherie.

Com quatro mil reais e quinhentas mil inspirações, as neo-empresárias Cacá e Cici arrastaram a mãe Elaine à meca dos tecidos em Sampa: a rua 25 de Março. As ideias já não careciam mais de insumos.

O início, em novembro de 2014, foi no improviso, na raça, na sala de estar da casa dos pais em São João da Boa Vista, SP. Conferiam, embalavam e despachavam as peças confeccionadas por uma única costureira.

Parceira de primeira hora, incansável, Elaine, muito mais do que ceder sua sala e incentivar a prole, botou as mãos na massa. Ou melhor, botou as mãos nos panos, nas caixas, no ferro de passar, no telefone... Fez quase tudo no começo: de passadeira detalhista até vendedora pelo WhatsApp. Uma supermãe!

Talentos naturalmente colocados, se o desenho dos itens ficava mais sob responsabilidade da sócia Cici, a identidade virtual da marca foi concebida pela sócia Cacá. Sem perder tempo, antenada, ela criou o perfil Dra. Cherie nas comunidades internéticas. O Instagram, a famosa rede social de imagens, é a ferramenta que melhor ajudou a difundir a grife; também é a grande vitrine das coleções.

Cacá, diplomada em relações públicas, antes da empreitada com a irmã, trabalhou por oito anos no clube Pinheiros em Sampa. Saiu seduzida pelo sonho de prosperar num negócio próprio. Leandro Frigo, o marido, não só apoiou a decisão dela como deu —ainda dá— suporte informal às cherie-sisters em questões administrativas e financeiras.

Alguns meses após a fundação, pedidos aumentando, a Dra. Cherie saiu do living doméstico da mama Elaine para sua primeira sede alugada. O website foi ao ar e as vendas explodiram. No primeiro mês de e-commerce, vivas!, o faturamento ultrapassou 30 mil reais. A coisa ficou mais do que séria. Tão mais séria que Cici deixou o consultório para se dedicar só à “filha”.

Desde o berço, o modelo corporativo implantado foi o de terceirizar a produção para focar no desenvolvimento, na divulgação e na prospecção de mercado.

A Dra. Cherie é um incontestável exemplo de sucesso que está triunfando pela inovação, pela qualidade dos produtos e por um marketing onipresente nas mídias sociais que é impulsionado por testemunhos e hashtags de clientes satisfeitos Brasil afora. Consumidores, diga-se, de um nicho profissional —médicos e dentistas— que tem altíssimo padrão de exigência.

Mais de 65 mil likes no Facebook, mais de 84 mil reais seguidores no Instagram e vendas que não param de crescer mostram o acerto que é imprimir um tempero fashion e de bom gosto em vestimentas profissionais. Curta, recente, mas já notável trajetória de empreendedorismo, de criatividade e de êxito nas plataformas digitais.

Hoje, maior e melhor estruturada, instalada num prédio comercial sofisticado no coração de Sanja, a Dra. Cherie tem a Dona Gertrudes aos seus pés, tem o crepúsculo e a Mantiqueira à vista. Tem, sobretudo, uma avenida de oportunidades pedindo para ser trilhada.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Bom di+ Bistrô


Eu de novo com São João e comida. Sanjoanenses e gastronomia da melhor qualidade no gelo quase suíço das montanhas mineiras. Queijos e temperaturas baixas linkam os Alpes às Gerais.

No nosso périplo anual a Monte Verde, sempre em maio, fomos conhecer este ano a casa de repastos do Edu Luciano e da Lu Almeida: Bom Di+ Bistrô.

O casal macaúbico labuta há mais de sete anos no cume que escalaram para ganhar a vida. E vão indo bem...

Na muvuca turística do centrinho eles servem, num recanto aconchegante, um cardápio eclético concebido pelo chef Luciano. Caldos, trutas, risotos, carnes, massas, fondue... Agrada israelenses e árabes. Agrada sobretudo os gordos de qualquer etnia.

Faço meus vivas aos conterrâneos com a foto deste inusitado e arrebatador risoto mineiro, criado pelo chef para o Festival Gastronômico de Monte Verde.

Numa incrível cestinha de parmesão gratinado: arroz, paio e couve. Na escolta, fodaço!, queijo de coalho.

11º, tem frio e névoa lá fora. Tem nordestinos muitos na equipe do restaurante. Tem o Edu e a Lu cozinhando bem além dos Crepúsculos. Tem essa gente exilada que esbanja seu valor!