Agosto de 2011. Depois de Istambul, Kusadasi, Pamukkale, Alanya e Konya —ufa!, lugares e exclamações—, o destino é Göreme, na região da Turquia nominada Anatólia Central.
Finzinho de tarde e, após alguns embananamentos rodoviários de praxe, chegamos, os caipiras, à tão esperada Capadócia.
Antes de procurar hospedagem e restaurante, compramos, mais do que depressa e já para o dia seguinte, o obrigatório passeio de balão.
A van da Anatolian Ballons nos pega no hotel-caverna —sim, dormimos dentro de uma rocha— perto das 5 da matina. A causa nobre e a ansiedade despertam os dorminhocos.
Vamos para o pré-embarque num pavilhão turístico onde é servido o café da manhã, já incluso nos 100 euros por cabeça. E falando em desjejum, lembro-me de uma coisa que não falta na primeira refeição dos turcos: azeitonas. Verdes, pretas, saborosas e carnudas.
À época, bem antes de Salve Jorge, o folhetim global, os brasileiros não pagavam tão caro pelo tour. Parece que a novela da Glória Perez inflacionou estratosfericamente os preços na Capadócia.
Organizados e etiquetados, saímos para o local da decolagem e, ainda meio escuro, o ar quente dos maçaricos faz dezenas de balões subirem sequencialmente numa das cenas mais espetaculares que estes cansados olhos já viram.
Viajam, apertadas e boquiabertas, em cada brinquedinho, umas doze pessoas, incluindo o condutor.
Lá em cima, em quase uma hora de voo, o campo visual contempla uma geografia extraordinária com formações rochosas indescritíveis e, durante o devaneio no céu, o astro-rei surge no horizonte, deixando o vivente mais espantado ainda com tal e tamanha beleza.
De volta, 7 da manhã, depois da aterrissagem cirúrgica na traseira de uma caminhonete, comandante e passageiros cumprem a tradição e brindam com champagne. A sensação é de embriaguez, não pela taça do espumante, mas pela experiência única neste singular painel cinematográfico que é a Capadócia.
E dá-lhe exclamação!!!!!!!!!