terça-feira, 20 de novembro de 2018

Harvard


Fundada em 1636, a Universidade de Harvard fica em Cambridge, Massachusetts, na região metropolitana de Boston.

O centro universitário abriga a maior biblioteca acadêmica dos EUA. Em Harvard foram graduados oito presidentes norte-americanos. 150 ganhadores do prêmio Nobel têm ou tiveram vínculos com a instituição, sejam como estudantes ou professores.

Hoje, 22 mil alunos estão matriculados nas dezenas de cursos oferecidos.

Não há como não se impressionar com a beleza do campus e com a sua magnitude.


Frank Pepe Pizzeria



New Haven, Connecticut, a cidade onde fica uma das mais conceituadas universidades do mundo: Yale.

Mais do que isso, a cidade onde fica uma das pizzas mais gostosas e inusitadas do mundo: a pizza de white clam —marisco— da legendária Frank Pepe. O marisco fresco é acompanhado de queijo, alho, azeite de oliva e orégano. Uma pancada de sabor na mesmice. A massa também não é menos que perfeita.

A Frank Pepe, forno a carvão desde 1925, não se destaca só pela ousadia. A pizza clássica tomato pie com mozzarella é das redondas mais maravilhosas que já comi.

De NYC, no caminho para Boston, é obrigatória a parada em New Haven.

Curtam esse vídeo e confiram o tamanho deste ícone napolitano nos EUA:





B.T.'s Smokehouse


Os deuses da gula conspiram pelos glutões.

Hoje, voltando de Massachusetts para Connecticut, por acaso, paramos em Sturbridge numa churrascaria de beira de estrada na I-84. Eram 16h de domingo. O lugar pequeno, simples, carente de luz natural, estava abarrotado. Bom sinal. Enquanto a TV gigante passava futebol americano, os pedidos eram frenéticos. Cortes suculentos, molhos picantes, refrigerante free refil e cerveja corriam soltos entre alguns barbudos naquele estabelecimento típico norte-americano.

As carnes bovina e suína são esfregadas com temperos —dry-rubbed— e defumadas por 14 horas. Elas saem do defumador direto para o cliente.

Junto com a carne eleita, você pode optar por dois acompanhamentos —a salada de batata estava deliciosa. Um inusitado pãozinho de milho adocicado acompanha todos os pedidos.

O serviço é rústico: a carne fatiada é consumida com talheres plásticos na própria bandeja.

Gostei tanto que googlei para saber mais. Era previsível: o lugar já esteve na grande mídia norte-americana como um dos melhores churrascos defumados do país. Segue abaixo o link para o vídeo do YouTube com uma reportagem sobre o incrível B.T.’s Smokehouse.

[A casa estava tão muvucada que não consegui fazer fotos boas para o post, mas posso garantir que dei boas bocadas]


Rangos planetários


Comer nos EUA. Comida étnica na rua ou em pequenos restaurantes familiares.

Os imigrantes foram, são e serão sempre essenciais na construção do país. Onipresentes e trabalhadores, eles trazem os sabores de suas origens. E fazem dinheiro com isso.

Mexicanos —e hispanos em geral—, árabes, judeus e asiáticos —chineses, tailandeses, japoneses, vietnamitas— estão em todos os cantos da América servindo qualidade e preços absurdamente atraentes.

Aqui pertinho de onde estou hospedado em Connecticut, num mesmo prédio há três restaurantes bem simples com um movimento nervoso o tempo todo: um chinês, um hondurenho e um mexicano.

Pra quem gosta e não tem medo de arriscar, comer nos EUA é uma festa.
Sí, señor, son tacos en la foto.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Pastrami Queen - NYC


Times Square, Central Park, 5ª Avenida, Empire State, Estátua da Liberdade, Rockefeller Center, Brooklyn Bridge e Sanduíche de Pastrami.

Sim, coloco o sanduba no rol das clássicas atrações de NYC.

Já comi muitas vezes no Katz’s Deli, algumas vezes no finado Carnegie Deli. Hoje fui conhecer o Pastrami Queen, na Lexington com a 78, bem perto do Central Park.

Li em algum lugar que esse era o pastrami favorito do fantástico Anthony Bourdain.

Lugar minúsculo, mas o sabor do sanduíche é do tamanho da Big Apple.


Flushing Chinatown


Conhece os pontos turísticos clássicos de NYC e quer bater perna por lugares menos convencionais?

Chinatown é legal pra isso. Não, não falo da Chinatown que quase todo turista conhece. Falo de outra Chinatown, que fica no Queens, com acesso superfácil pela linha 7 do metrô. É só descer na última estação —Flushing Main St— e entrar num pedaço da Big Apple tomado pelos chineses, acho que por alguns coreanos também.

A comunicação visual dos estabelecimentos comerciais, o idioma, os restaurantes, os mercadinhos, as bancas de frutas nas ruas, as galerias que vendem bugigangas e acessórios femininos, os lojistas que almoçam pratos típicos nos balcões de seus boxes. Pouquíssimos ocidentais circulando. Tudo remete à China.

Almoçamos, eu e Josi, no Shun Won. Entre o pato, o arroz frito, os dumplings, o macarrão turbinado com camarão, porco, ovo e legumes, ficamos uns 90 minutos na casa. Ninguém, absolutamente ninguém além de nós, de feições não asiáticas deu o ar da graça.

E por falar em graça, achei sem graça o cardápio ser desprovido de sobremesas.




Koku Ramen - NYC


Ramen é um prato oriental feito com macarrão, carne, cogumelo, ovo, vegetais e folhas, tudo isso mergulhado num caldo hipercondimentado.

Em NYC fui hoje na rua 32, também conhecida como Little Korea, para provar um ramen legítimo coreano no recomendado Koku.

Fomos, eu e Josi, às lágrimas pela potência da pimenta. O sabor é delicioso e intenso de tal maneira que comemos, suando, até o fim, mesmo com o incômodo picante.

A coisa é tão forte que quase fiz um trocadilho infame com o nome —Koku— do restaurante.

[nota 1: os pratos no cardápio são classificados em três níveis de pimenta. Pedimos o de nível 1. O de nível 3 deve levar à morte]
[nota 2: o escuro no prato é uma alga, embora o visual possa levar a aracnídeas impressões]

Cake Boss


Segunda fria e cinza em NYC. Vamos sair do estado pra comer a sobremesa antes do almoço.

Hoboken, New Jersey, 5/11/2018.

Os cannoli justificam a fama de Buddy Valastro. Espetacular! 

Massa leve, crocante, creme doce com sabor acentuado de ricota.

Pegamos a linha de ônibus 126 na estação Port Authority, pertinho de Times Square. Por US$ 3,50 você roda 25 minutos e cai na porta do Cake Boss.




quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Botecando por acaso


Caminhantes obstinados não se assustam com o grafite nas nuvens. Rasgar as calçadas da urbe é necessário.

Na nossa trilha urbana, o toró veio numa ira própria destes tempos. 

O toldo puído do boteco abriga por poucos minutos. Os furos nele e o vento nos empurram para dentro do estabelecimento. Azulejos encardidos, mobília velha, chão áspero, luz fraca, uma estufa tristemente vazia. 

A senhora sozinha, cheia de dignidade, atende seus fregueses como pode. Aquela fauna humana que, depois do expediente, encontra na prosa de bar um alento para as desventuras da vida. Os homens bebem e falam com o vigor daqueles propulsionados pelo combustível etílico. A energia é boa. 

19h num bairro qualquer desta Sanja: eu e Josi, cabelos molhados e roupas úmidas, no antigo balcão da taberna lotada, sob o ruído da tempestade, sorvendo um litrão de Skol na companhia de copos americanos, amendoim torrado e gente que luta.