domingo, 18 de dezembro de 2011

Dom Caneco

dom caneco
Chope na caneca estupidamente gelado, bauru de lombo que honra as sânjicas tradições do sanduba e uma pizza da escola Poiano (massa fina e molho de tomate cru de sabor único). Dom Caneco é a nova choperia dos Crepúsculos, num casarão reformado da família Aceturi bem na esquina da Hugo Sarmento com a Benedito Araújo. Vai cair no gosto da plebe macaúbica.
Ah!, e as pizzas levam nomes de ruas da cidade. A Tereziano Vallim, linda!, é a  clássica marguerita e a Dona Gertrudes, gostosa!, vem coberta com anchovas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estacionamento ímpio

Pecado

Inicio esta postagem com a reflexão que ouvi de um urbanista: “Para avaliar a dimensão democrática dos centros urbanos é só verificar o quão largas são suas calçadas”. Largas e exclusivas para pessoas, acrescenta o autor destas linhas.

Nas esquinas e nas redes sociais ainda há calor nos debates sobre o estacionamento no entorno da Catedral.

E se há clamor, segue o andor...

A Polícia Militar, ao que consta, tem feito um trabalho ostensivo de fiscalização nos horários noturnos de missas mais concorridas. Nas cerimônias diurnas, quando a vigilância relaxa, o abuso voltou a ocorrer. O mau costume de alguns motoristas está tão arraigado que só a pedagogia de punição financeira para dar cabo a tão reprovável ato.

Infringir (infração grave segundo o Código de Trânsito) a lei é só um dos fatores que condenam o malfadado estacionamento. Existem outros tão ou mais importantes.

A invasão veicular sobre o passeio público, mais do que uma questão estética, transmite a imagem de uma urbe desordenada onde o arruaceiro faz o que quer e o Estado é omisso.

Numa área central de grande fluxo de pedestres, a segurança destes é colocada em risco ao misturá-los com o trânsito desarranjado de veículos na praça.

Há ainda que se falar do dano ao patrimônio público. O piso, um belo trabalho executado em pedras portuguesas, não foi dimensionado para suportar tráfego de veículos. Além do risco iminente de afundamento, o calçamento poroso pode padecer de manchas permanentes causadas por eventuais vazamentos de óleo lubrificante.

Ainda, vai contra qualquer principio de sustentabilidade pensar um espaço público onde os automóveis sejam privilegiados em detrimento dos transeuntes.

Ouvi de um amigo o seguinte questionamento aos católicos que ali se mostram tão incivilizados: “É possível ser um bom cristão e um mau cidadão?”.

Se regras não escritas de boa educação não bastam, a autoridade não pode transigir quanto ao cumprimento dos dispositivos legais, sob pena de descrédito absoluto e abertura de perniciosos precedentes.

As lamentáveis transgressões, esta e outras que ocorrem na cidade, são problemas em si. Mas elas carregam simbolismos maiores, muito mais graves: o júbilo da ilegalidade e o triunfo da barbárie.

Boas Festas!

Cartão de Natal - Família Borges

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parking herege

catedral de sanja

Rola lá no Facebook um debate sobre o uso do passeio público no entorno da Catedral como estacionamento de veículos nos horários de missas e casamentos.

Um amigo disse que excetuando a calçada, o resto do entorno faz parte da propriedade da Diocese, podendo ela dar o uso que achar conveniente ao espaço.

Quero, aqui, fazer uma abordagem mais ampla do assunto, nos tópicos que seguem:

1) A recente grande reforma da Catedral foi concebida e executada graças a um grupo abnegado da cidade que reuniu poder público, fiéis, empresários e preservacionistas. E quando falo da reforma, não falo só do interior da igreja, mas também do seu entorno, incluindo o calçamento de pedras portuguesas;


2) Será que esse grupo aprova o uso da área que circunda o templo para circulação e estacionamento de veículos?;


3) Existe a questão estética (passa uma imagem de desordem os carros sobre o passeio público), a questão de segurança (carros X pedestres numa área de grande fluxo no centro da cidade) e a questão estrutural (o local foi projetado para pedestres e o uso habitual para a circulação de veículos pode danificar o calçamento de pedras portuguesas);


4) Há que se falar ainda da questão urbanística: vai contra a lógica da sustentabilidade pensar um espaço público (sim, lá é público) em que os carros sejam privilegiados em detrimento dos pedestres;


5) Conheço um bocado de catedrais históricas por aí. Não vi em nenhuma o seu entorno tomado como estacionamento;


6) Ouço de muitos nas esquinas desta Sanja o desconforto com a situação, mas ao mesmo tempo percebo um sentimento de leniência com o caso por parte do poder público, da imprensa, da sociedade civil;


7) Seria o temor do confronto com uma instituição tão poderosa, a Igreja Católica? Ao que parece, o estacionamento ímpio é autorizado única e exclusivamente pelo pároco da Catedral, o Monsenhor Denizar Coelho.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amar é muito melhor

Lusa Logo

Hoje eu quero bacalhau, vinho do Porto e pastel de Belém! Hoje eu quero dançar o Vira! Roberto Leal, lembram dele?, está que não se agüenta.

Deixemos um pouco de lado o quarteto dos grandes paulistas e vamos homenagear o escrete do Canindé.

A Portuguesa, gajo, com certeza está na crista da onda. Está na moda pelo assombroso desempenho na Série B que culminou com o primeiro troféu nacional de sua história. A equipe comandada por Jorginho alcançou 68,5% dos pontos disputados.

Chamar o time de “Barcelusa” ou de “Realusa” soa um tanto demasiado, mas esse exagero se explica pela enorme paixão de sua minúscula torcida. Como um time com tão poucas conquistas desperta sentimentos tão intensos nos seus torcedores?

A maioria dos brasucas que diz gostar de futebol, do jogo jogado, e de seus times de predileção mostra, na prática, que gosta mesmo é de vencer.

Em pelejas dos grandes, as pequenas platéias são justificadas pelas fases ruins. Na prática, fica claro uma relação interesseira em que só os êxitos levam o torcedor aos estádios.

Amor de fut-aficcionado é ―ou deveria ser― incondicional. Simplesmente você não vive sem aquele time, sem aquela camisa. Padece e vibra por causa dele, mas não o deixa ao relento, passe o que passar, aconteça o que acontecer.

Uma ligação tão vigorosa, às vezes excessiva, pode ajudar no desenvolvimento do caráter do indivíduo. O sujeito adquire um anteparo psicológico robusto para encarar os oponentes e as galhofas, tudo em nome de sua paixão. Ele não vira bandeira, não se esconde, não se acovarda.

Os torcedores da Lusa também somem em grande parte quando as coisas vão mal e emergem quando os triunfos acontecem, como ficou explícito nos dois últimos cotejos disputados no Canindé.

Mas é impossível negar que torcer pela Portuguesa é muito, muito mais difícil. Só o gostar demais explica.

É lindo ver a molecada, tão influenciável por vitórias, berrando nas arquibancadas com o coraçãozinho sob o manto dos Leões da Fabulosa.

Alguns dirão ter compaixão destes infantes pela escolha de um time com tamanha privação de glórias.

Prefiro ver por outro ângulo menos pragmático. Vencer é bom, mas amar é muito melhor.

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Gol do Baixinho

Dia destes na Câmara Federal, o establishment parlamentar armou uma retranca para proteger o presidente da CBF.

Romário, neo-deputado, também sabe driblar defesas no Congresso. Praticamente sozinho no saudável papel de crítico, cutucou, perguntou e disse ao nebuloso e suspeitíssimo Ricardo Teixeira o que o Brasil tem vontade de dizer. Golaço!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dona Lindona vive!

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Junto com o bauru de lombo é o lanche mais icônico desta Sanja crepuscular. Nasceu no Porão, renasceu no Salamalec, passou pelo Baiuca e agora revive no Schnaps.

O Dona Lindona, criação deliciosa do amigo Celso Zerbetto, voltou para matar a saudade dos glutões súditos da Beloca. Sob o comando da Solange Giollo, que resgatou a Dona Dorotéia, ex-cozinheira do Salamalec, a casa fica na Teófilo de Andrade com a Campos Salles, onde aquela delícia reina no cardápio e vem à mesa sob caprichadas pinceladas de geléia de morango (ou requeijão). Fanático pelo acepipe, vai ser difícil escolher outro prato que não o Dona Lindona, mas quero voltar lá para provar as iguarias alemãs.

Comemorem, macaúbicos, o Dona Lindona não morreu!

Clique aqui ou aqui e conheça a história do Dona Lindona

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cemitério Municipal

escultura fernando furlanetto

Em defesa de um patrimônio histórico e cultural de São João da Boa Vista: o Cemitério Municipal.

Assinem, repassem, compartilhem!

CLIQUE AQUI PARA ASSINAR O MANIFESTO

domingo, 16 de outubro de 2011

Política no Facebook

política - facebook

Interessante contenda retórica no FALA SÃO JOÃO!!! Discute-se no grupo macaúbico, que é hospedado no Facebook, a participação de políticos na rede e abordagens eleitorais (ou eleitoreiras). Sobre o assunto, este blogueiro reproduz aqui o lá postado.

 

Macaúbicos e macaúbicas deste grupo FALA SÃO JOÃO!!!, alguns bacorejos sobre uma controvérsia que pulula em alguns posts.
Acho que no legítimo intuito de preservar alguns protocolos do grupo, involuntariamente, corremos o risco de escorregar para o perigoso terreno da intolerância, o que, óbvio, contraria os princípios democráticos de uma coletividade que se propõe a discutir a cidade, seus problemas, suas mazelas, suas riquezas, suas belezas.
E entendo que essa discussão tem que ser no sentido amplo da palavra, incluindo política, candidatos, eleições.
O FALA SÃO JOÃO!!! é uma baita tribuna da urbe, composta de uma heterogeneidade que espelha um naco das nossas esquinas. E isso é muito fecundo para um saudável debate.
É claro que com estas múltiplas participações o grupo pode padecer, e padece, pela ação de políticos palanqueiros que não sabem utilizar a rede e saem adicionando tudo e todos e divulgando infames mensagens de auto-louvação. Estes pobres de espírito não entendem que suas atitudes repelem o eleitorado. É a verdadeira anti-propaganda.
No entanto, salve!, há políticos que utilizam a rede, e o grupo FALA SÃO JOÃO!!!, de uma maneira digna.
Fiz no privado, em público e repito. Acho que é uma atitude de coragem a exposição do presidente da Câmara
Francisco Arten no Facebook. Tenho muitas divergências com ele, mas acho que a presença do chefe do Legislativo só enriquece a discussão nas esquinas virtuais, além de estabelecer um canal direto do vereador com os internautas. É claro que ao defender seus pontos de vista ele está fazendo política, como nós também fazemos ao bradar em defesa das nossas convicções. É da natureza humana essa postura. Politiquices, com "p" bem minúsculo, serão solenemente ignoradas pela maioria lúcida do FALA. O bom senso das gentes perspicazes é a melhor ferramenta de auto-regulação.
Nestes dias chuvosos, meus reverentes votos aos companheiros do grupo: cautela, canja de galinha e uma lufada de ideais libertários.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Felice Gourmet

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Por conta do trabalho em grandes corporações, André Dornellas é um sanjoanense que já morou em importantes cidades brasucas e rodou um bocado por aí em viagens de faina e de recreio.

Voltou há pouco aos Crepúsculos. Voltou para empreender com o aprendizado das andanças. Voltou para botar novidade na cena gastronômica de Sanja.

Sob sua batuta, o Felice Gourmet abre as portas para a plebe macaúbica na próxima segunda-feira.

O neo-restauranter propõe uma casa de comida self-service sustentada no tripé qualidade, atendimento e ambiente. A merenda diária vai ser simples (não simplória) e variada. Ao comensal será ofertado carne, peixe e frango, um tipo de massa, três tipos de saladas, arroz, feijão, molhos diversos, etc. A carta de sobremesas terá cinco itens semanais para agradar tucanos e petistas. Pra quem puder, e quiser, consumir álcool no almoço, um balcão de muito bom gosto vai ser o cenário de coloridos drinques.

Na esquina central da General Osório com a Benedito Araújo, o casarão de meados do século do passado foi repaginado para receber o restaurante, mas teve respeitada a essência de sua arquitetura histórica.

Um salão reservado poderá ser usado para eventos corporativos. Sob encomenda, eventos do tipo poderão ter menus personalizados.

Quando o blogueiro conversava com André para produzir este post, ele, exaurido com o treinamento da brigada, soltou um bordão que reflete bem o seu apego ao bom atendimento: “A diferença entre o bom e o ótimo é o detalhe”.

E André Dornellas, acreditem, é um cara detalhista.

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Onde, como e quando                                                                  Rua General Osório, 163 – Centro                                               Fone: 3635-2268

De segunda a sábado, buffet por quilo das 11:30 às 14:00; dois pratos executivos das 14:00 às 15:30

Todas as noites a casa está disponível para eventos

domingo, 18 de setembro de 2011

Poços no espeto

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Carnívoros de Sanja e região, comemoremos!!!

As poucas opções de boa carne na brasa agora têm um concorrente com bala na agulha e vontade de acertar. Empresária paulistana do ramo têxtil, conhecedora de restaurantes planetários, ela investiu em Poços e não veio para brincar.

Há duas semanas funciona o Poços Grill, uma churrascaria que chegou impressionando. Prédio bonito, pé-direito estratosférico, fachada envidraçada. Ambiente de extremo bom gosto, bem decorado, mas sem afetação. Manobristas atenciosos. Serviço de van para turistas e poços-caldenses não se preocuparem com o volante no pós-esbórnia. Talheres decentes, facas que cortam e garfos que não entortam. Buffet que agrada judeus e árabes. Carnes suculentas (tem até rã) e bem servidas por uma equipe preparada. Adega climatizada e boa carta de vinhos. Extenso menu de sobremesas. Comi uma torta de nozes pecan com chocolate amargo que até agora não creio ser deste mundo.

O preço do rodízio? R$ 49,90 por pessoa. Eu garanto que vale cada centavo!


http://www.pocosgrill.com.br/

domingo, 11 de setembro de 2011

Turquices

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Çay

"Conversas sem chá são como um céu noturno sem lua". O ditado turco, um tanto poético, um tanto dramático, retrata bem o que é o chá (çay) para a cultura do país. A qualquer hora, em qualquer lugar, o chá é parte importante da identidade turca e, acreditem, é a bebida mais consumida na Turquia, deixando a onipresente água num honroso segundo lugar. Servido em copinhos no formato tulipa (foto), bem quente e acompanhado de cubinhos de açúcar, o çay também mostra a hospitalidade dos turcos aos que visitam o país. É um chá preto e sua planta (camellia sinensis) é largamente produzida na região do Mar Negro.

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Iogurte

O iogurte (do turco yoğurt) é uma forma de leite em que o açúcar (a lactose) foi transformado em ácido láctico, por fermentação bacteriana. É um líquido espesso, branco e levemente ácido, muito nutritivo e, por essa razão, muitas vezes é servido e mesmo vendido misturado com frutas, chocolate ou outro tipo de adoçante. Trata-se de uma excelente fonte de cálcio e, como tal, a sua ingestão é uma fonte de ajuda no crescimento das crianças.
Nem crianças e muito menos carecendo de espichar, na nossa estada turca, eu e o amigo
Luis Gonzaga Magalhães devoramos alguns quilos de coalhada (que é como eu prefiro chamar o iogurte natural) nos cafés da manhã. Alimento fundamental para os turcos, o pote da foto de 2,25kg é vendido por irrisórias 6 liras turcas (R$ 6,00).

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Lavash

Não precisa nem pedir! É só sentar-se à mesa num restaurante turco que ele vem formoso, inflado, cheiroso, fumegando. O lavash, pão da categoria dos flat breads, muito popular nos países do Oriente Médio, é assado em forno de barro sob "chapiscos" de sementes de gergelim. Evocando o alimento bíblico, o lavash, feito com farinha, água e sal, é servido como couvert (bem) acompanhado de uma espécie de creme azedo e um molho vermelho bem condimentado.

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Carneiro

Não muito comum em plagas brasucas, tem esta carne um certo status de nobreza aqui. Na Turquia, comuníssima em pedaços no espetinho, moída na kafta, cozida com legumes. Em qualquer restaurante de lá a carne de carneiro impera nos cardápios. E os turcos sabem fazê-la como ninguém. A foto ilustra a forma como eu mais gostei: costelas de carneiro na brasa ("lamb chops" no menu para os turistas). E o gostoso é comer com as mãos!

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CLIQUE AQUI PARA MAIS TURQUICES

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sabor dos “brimos”

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O primo Zé Pedro Campana dá a dica e vou lá conferir mais um sabor recôndito de Sanja. Confiro, aprovo e compartilho aqui.

Aquele pedaço da 14 de Julho já é famoso pelas delícias de décadas da Padaria Castelo. Quase em frente à padoca clássica dos Carvalho, a descoberta!, o Ponto do Hortifruti que, tomates, alfaces e bananas de lado, oferece à freguesia uma arrebatadora esfirra que representa com muita honra as milenares receitas sírio-libanesas.

A carne moída vai crua ao forno para ser assada junto com a massa. Delicada massa que é leve e fina na medida. A pincelada com gema de ovo sobre o salgado é um pecadilho contra as tradições árabes, mas não altera o gosto tão peculiar do acepipe dos “brimos”.

Em tempo: a esfirra só é vendida às quintas-feiras.

Rua 14 de Julho, 691 - Vila Conrado
São João da Boa Vista, SP, (19) 3631-3338

CLIQUE AQUI E CONHEÇA OUTRO SABOR QUASE RECÔNDITO

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Resgate gastronômico

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Início de 2008 e o escriba-glutão lavrou por aí enaltecendo alguns sandubas desta Sanja. O tradicionalíssimo bauru do Nosso Bar ficou fora dos confetes. À época, justifiquei a minha crítica ao proprietário:

“O lombo suíno, a alma do bauru, tem vindo ressecado no lanche. E esse ressecamento decorre da minúscula espessura do corte da carne. É impossível chegar no ponto correto de fritura com o bife de lombo cortado tão fino”.

Minhas ponderações, que também eram a de muitos amigos e conhecidos, receberam uma justificativa pouco convincente do empresário baurueiro.

Dia destes, seguindo a dica do confrade Gilberto Marcon, resolvi conferir se o resgate gastronômico havia de fato ocorrido. Bela surpresa!

O bauru do Nosso Bar, desde sempre no panteão dos mais tradicionais desta Sanja, voltou a ser também um dos melhores no sabor. A carne suína retornou reinando, suculenta, na espessura correta e muitíssimo bem temperada.

Meus vivas aos proprietários, em especial ao amigo Silvio Carvalho, que não se fizeram de surdos ao coro de comilões desta província crepuscular.

Bauru, em Sanja, é coisa muito séria!

Entenda um pouco da polêmica clicando AQUI e AQUI.

domingo, 28 de agosto de 2011

Doces progressos

Da série “Evoluções”

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Coisa de 30 anos atrás. Café-da-manhã: minha vó Fiuca me iniciava nos prazeres frutíferos cortando meio mamão caipira e servindo-o sob açúcar refinado. A fruta, muito saborosa, carecia de doçura. Anos depois, o tipo papaya era pequeno e bem doce, mas produto caro e pouco acessível aos não hóspedes de hotéis 5 estrelas. Coisa de hoje. Dia destes comprei um mamão formosa no BigBom. Fruta gigante que saiu por menos de R$ 3,00. Grande, saborosa e dulcíssima. Meus vivas aos estudiosos japas, craques de laboratório, que fariam, hoje, com que minha vó Fiuca economizasse alguns quilos de açúcar. Viva o mamão doce!

 

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Bela sacada dos bufês infantis. Na festa todo mundo comia a bolinha de chocolate um tanto seca e envolta em cacau granulado. Em casa, prazeres mundanos!, quem não adora comer brigadeiro de colher em porções homéricas? E não é que agora as festas infantis servem o doce da forma como mais gostamos de comer (ver foto). Bem verdade que a tacinha e colher são minúsculas. Uma das poucas coisas que ainda me atraem a aniversários de crianças é esse brigadeirinho de colherzinha. Viva o brigadeiro de colher!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Na cancha merengue

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Num périplo de recreio pelo Velho Mundo algumas paradas em grandes cidades são imperativas. Se inevitáveis as escalas, que sejam longas o suficiente para um giro pelo centro histórico e algo mais.

Dia destes, olé!, aterrissei no enorme aeroporto de Barajas e saí para um passeio na bela Madri.

Uma tal Jornada Mundial da Mocidade inundou a capital espanhola de hordas de jovens religiosos do mundo todo. Queriam ver o Papa, sim, mas queriam diversão e farras típicas da adolescência.

Se as calçadas estavam entupidas de hormônios, o jeito foi subir num ônibus turístico para tentar conhecer um pouco dos pontos históricos da metrópole ibérica. Entre fotos e exclamações pergunto ao motorista sobre uma área para forrar o estômago. Próxima parada, ele sugere.

Parada que me traz um restaurante caro, uma paella meia-boca, um jámon delicioso e, e... o Santiago Bernabéu, o estádio do Real Madrid. Uau!

€ 16 mais pobre e lá estou no interior da casa do escrete merengue. Uma baita emoção pra quem ama o futebol.

Muitos degraus de algumas escadas (rolantes) levam o visitante a uma vista panorâmica da cancha onde já jogaram alguns dos maiores craques do mundo. E que vista! Uma arena de ângulos perfeitos que proporciona visão 100% do gramado para todos os espectadores.

Já vestiram a alva farda do Real essas figurinhas: Di Stéfano, Puskas, Hugo Sánchez, Hierro, Raúl, David Beckham, Zidane, Cristiano Ronaldo e os brasucas Roberto Carlos, Ronaldo, Kaká. Fraquinhos, não?

Essa constelação, em diferentes épocas do século 20, levou muitas taças ao Santiago Bernabéu. E a galeria destas conquistas está no museu do estádio, onde, além dos troféus, há camisas, bolas, chuteiras e ingressos. Todos estes, objetos históricos ligados a algum momento marcante da trajetória do time madrilenho. E bota momento marcante na história desta equipe que foi considerada pela FIFA a melhor dos últimos 100 anos.

Túneis, bancos de reservas, vestiários, sala de coletivas, margem do campo. Tudo isso pode ser visto muito de perto e, arrepio!, aumenta a freqüência cardíaca dos aficcionados pelo ludopédio. Estrutura fantástica e muito didática para quem se arvora a sediar uma Copa do Mundo.

Ribeirinho do Jaguari, iniciado nos prazeres de gritar na arquibancada vendo o Palmeirinha no Getúlio Vargas Filho, este macaúbico de verbo errante, sentindo a vibração de um dos maiores palcos do esporte mundial, teve a certeza que, naquele dia, os deuses da bola conspiravam a seu favor.

sábado, 16 de julho de 2011

No Céu e na Terra

Welson Barreto

Por conta da profissão nômade de bancário, roda!, roda!, já trabalhei em algumas cidades deste solo bandeirante. Em TODAS elas citar São João como origem e morada provoca no interlocutor um misto de admiração e inveja. Sanja, regra geral, é vista como uma urbe civilizada que alia qualidade de vida com desenvolvimento.

Bairrista incorrigível, o macaúbico aqui não consegue ser blasé aos confetes vindos de outras plagas.


E por que São João da Boa Vista é alvo destas louvações além-divisas?

 
Arrisco: porque o povo vota bem! Há 35 anos (com exceção de um período), desde o primeiro mandato no Nelson em 1976, a cidade vem sendo comandada por gestores com espírito público que conseguem o progresso econômico sem descuidar do lado social. E a força política da província coloca sempre um ribeirinho do Jaguari bem perto dos governadores paulistas. Nelson e Beraldo foram eleitos para mais de um mandato no Legislativo do Estado de São Paulo. E lá na Sampa poderosa, macaúbas ambiciosas, eles não se contentaram só com a cadeira na Assembléia. Nelson foi secretário de Estado e Beraldo, hoje na Casa Civil, sempre foi um tucano influente aninhado no Palácio dos Bandeirantes. É mais do que óbvio que a sucessão de boas gestões combinada com vigor político na esfera estadual se reflete no crescimento econômico e na qualidade de vida do povo de São João da Boa Vista.


É claro que a cidade padece de muitos problemas em várias áreas, muitas delas sensíveis aos mais carentes. No entanto, tentando olhar panoramicamente para estes últimos 35 anos, o viés positivo das ações dos gestores municipais superam de forma massacrante eventuais ações danosas ao município. E o melhor: estas ações nocivas, quando ocorreram, foram decorrentes de erros de avaliação, nunca da má-fé ou dolo por parte dos mandatários. A visão magnânima da serra e dos crepúsculos é inspiradora para a plebe do Reino da Beloca. Deus nos presenteou com a natureza exuberante. Nós, mortais falíveis, vamos fazendo o que nos cabe. E fazendo bem!

sábado, 18 de junho de 2011

Sanja suína

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Achei mais um dos tesouros pouco divulgados da nossa Sanja. Esganado desde sempre, é claro que seguindo a indicação do Tista Gregório e da Paola Galvani fui lá conferir a delícia suína da Avenida Brasília. O simples boteco (sem nome visível, batizado Kibebe segundo a proprietária) da Kátia e do João está há 28 anos ali, bem pertinho do cruzamento com a Rua Carolina Malheiros. Comprando do melhor fornecedor de carne de porco da região, o Açougue Molles, eles servem um torresmo que tem lugar na galeria dos melhores que já comi. Carnudo, sequinho e muitíssimo bem temperado. Alô amigos torrêsmicos, a Kátia, embora a estufa esteja sempre cheia, aceita encomendas pelo 3623-6824. Evoé, Kátia!

Clique aqui para mais um torresmo

domingo, 5 de junho de 2011

Macaúbas desinformadas

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Desinformado, como a maioria da população sanjoanense, embarco atrasado na polêmica sobre o aumento de cadeiras na Câmara Municipal. Como cidadão, antes da aprovação do inchaço, gostaria de ver o assunto ser debatido pela sociedade. Como usuário das redes sociais, principalmente o Facebook, lamento que o tema só tenha chegado lá depois da aprovação. E por que a população cochilou? Por que o tema não foi pauta de destaque na imprensa sanjoanense? Equívoco não intencional ("barriga" no jargão jornalístico) ou omissão deliberada? Segundo o presidente da Câmara, Francisco Arten, todos os projetos de lei, requerimentos, enfim documentos a serem votados nas semanas posteriores, têm o seu teor enviados a todos os órgãos de imprensa locais às sextas-feiras. Se a imprensa local recebeu a informação da Câmara e não publicou, de duas, uma: ou cometeram uma "barriga" monumental ou se omitiram por interesses mal esclarecidos. Prefiro acreditar na primeira hipótese. Da parte da Câmara, o presidente Arten disse que estará na Rádio Piratininga na próxima terça-feira para falar sobre o assunto. E a imprensa?
Em tempo: 10 vereadores, pelo tamanho da cidade, são mais do que suficientes para uma boa representatividade do eleitorado. R$ 1.000.000,00 (o valor do gasto com 7 vereadores em 4 anos) serão mais bem empregados se investidos para suprir carências da cidade. Tudo o que o sanjoanense não quer é ter o seu Legislativo inchado, ainda mais quando esse inchaço não foi precedido de uma ampla e democrática discussão popular.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Copa na Paulicéia

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Ter espaço durante alguns anos em periódicos da província pode provocar enganosas impressões em leitores desavisados sobre a inépcia do escriba.

Tarde destas, um destes pobres incautos que me acha dotado de amplos conhecimentos, quis saber a minha opinião sobre a Copa 2014 em terras brasucas.

Indolente e bronco de marca maior, respondo tardiamente, mas falando só da minha aldeia.

 

Algumas notas sobre a Copa 2014 em São Paulo:

1. O alijamento do Morumbi como arena paulista para o Mundial 2014 foi uma manobra de bastidores ardilosamente engendrada por Ricardo Teixeira, pelo corintiano Andrés Sanches e pelo todo-poderoso secretário-geral da FIFA, Jèrôme Valcke. O enredo velhaco só obteve êxito porque contou com a omissão deliberada do ministro Orlando Silva e do governo de São Paulo;

2. A rejeição ao Morumbi, um estádio 100% privado que não teria um centavo de dinheiro público a fundo perdido para se adequar às exigências da FIFA, é uma afronta à boa gestão das finanças públicas;

3. O futebol de primeiro nível movimenta uma montanha de dinheiro no Brasil e no mundo. Num país como o nosso, com as nossas carências, é uma zombaria injetar dinheiro público para construir e/ou reformar estádios;

4. O Fielzão, ou o Itaquerão, essa aventura faraônica de um bando de desmiolados, tem enormes possibilidades de jamais sair do papel. E, se sair, contará com a sangria criminosa dos cofres governamentais. Serão recursos públicos irrigando investimentos particulares;

5. É fato que o Morumbi de hoje carece de muitas adequações para receber jogos de uma Copa do Mundo, mas é fato também que o projeto de reforma do estádio de autoria do genial Ruy Ohtake ―repito, sem dinheiro público― colocaria o Cícero Pompeu de Toledo no panteão das arenas mais modernas do planeta;

6. Fosse mais cheio de brio, o governo bandeirante deveria bater o pé e não abrir mão do Morumbi para a Copa 2014. Contaria, certamente, com o amparo da maioria dos paulistas. E, pela pujança econômica e representatividade do estado, FIFA e CBF, mais hora, menos hora, se curvariam aos anseios de São Paulo;

7. Acho uma bobagem essa coisa de bairrismo e de acirrar rivalidades entre RJ e SP, mas existe um núcleo forte de cariocas no Comitê Organizador da Copa que quer minimizar a participação de São Paulo no evento, vide o caso do Morumbi, a escolha do Rio como sede do Centro de Mídia do Mundial e as constantes ameaças de tirar da capital paulista o cotejo de abertura;

8. Com muita propriedade, Juca Kfouri grafa no seu blog: “São Paulo deveria fazer valer a máxima do lema de sua capital, ‘Non ducor, duco’ (‘Não sou conduzido, conduzo’) e determinar à Fifa e à CBF que ou as coisas seriam feitas como se deve ou São Paulo abdicaria da Copa”.

sábado, 28 de maio de 2011

Pistoleira fashion

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Jovem mãe, bonita e bem vestida, entra numa boutique nos arredores da Dona Gertrudes e pede à vendedora para provar uma enormidade de roupas. Enquanto desfila se olhando no espelho, repreende sem parar a criança que, óbvio, não tem paciência para esperar a solução das dúvidas fashion. O nome pouco convencional da criança chama a atenção da atendente. Escolhas feitas, a moça enche sacolas e diz que vai ao carro buscar o cartão de crédito. Meliante com idéias premeditadas, ela acomoda filho(a) e "compras" no veículo, senta ao volante a some em alta velocidade para espanto de lojista e funcionárias. Numa investigação particular, partindo do nome incomum da criança, a dona da loja descobre nome, endereço e até a página da pistoleira da moda no Facebook. Consta que, depois do BO e da abordagem policial, a picareta mandou pagar as roupas. Dizem, ainda, que marcada como malfeitora no circuito fashionista de Sanja, ela pintou o cabelo (e não pagou o cabeleireiro!) e continua circulando com intenções nada edificantes.

sábado, 14 de maio de 2011

Coisas sérias

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Minha tribuna tá cada vez mais íntima. E mais doce!
E essa minha mulher continua surpreendendo. Olha só no que ela, Josi, transformou uma abóbora que eu ganhei nas montanhas da mineira Albertina. O gosto, eu garanto, tá tão bom quanto a aparência.

A boa mesa tempera a relação e reforça os vínculos afetivos.

O amor e a cozinha são coisas muito sérias!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Espinho na goela

espinho de peixe

O sábado prometia. Manhã de compras e perambulagem na Dona Gertrudes. Um lauto almoço precedeu —e provocou— o necessário cochilo pós-repasto.

Desperto com uma baita vontade de chupar mexerica. Sem a fruta nos meus domínios, apelo e vou para o sofá com a rapa de um pote de sorvete que há semanas hibernava no freezer.

O speaker do SporTV já estava na telinha mostrando um Morumbi cheio a espera do cotejo Tricolor X Santos. O jogo sabático qualificaria o primeiro finalista do Paulistão (Paulistinha, para mim e para muitos) 2011.

O jogo começa e aí... bem, e aí Ganso e Neymar enchem a minha garganta de espinho de Peixe.

Depois de uma primeira etapa em que o São Paulo errou arremates aos borbotões, o Santos voltou com seus astros divinamente (pensei em grafar “diabolicamente”, mas recuei) inspirados. A dupla infernal (pensei em grafar “celestial”, mas recuei) desequilibrou. Eles são do Bem ou do Mal?

E o destaque aconteceu com a participação estelar de Muricy Ramalho, que ousou ao botar um terceiro zagueiro no lugar do centroavante. Essa troca, inusitada e genial, liberou o tráfego letal dos laterais nas marginais do gramado. O primeiro tento que veio da cabeça de Elano depois de uma jogada bem trabalhada não vai ser tão lembrado como o segundo. Neste, um lançamento primoroso de PH Ganso colocou Neymar na cara de Rogério 100 Ceni. Sem ângulo para a finalização, o moleque moicano serviu Ganso que, entrando na grande área, disparou um petardo seco e certeiro. Golaço!

Golaço de um time que encanta e provoca aplausos até dos oponentes. E vai encantar mais ainda depois que levantar o caneco paulista em cima dos maloqueiros da Fiel. Em cima do Corinthians dos gordos pré-aposentadoria e do boquirroto Andres Sanchez, sou peixeiro da Vila desde criancinha.

 

Lamento

bola-de-basquete

Em julho de 2007, escrevi no rodapé de uma crônica uma nota que merece replay, não pelo autor parvo, mas pelo conteúdo que chama a atenção para uma triste realidade que ainda perdura em Sanja.

"Russos e libaneses polemizam nas páginas d’O Municipio sobre o ‘bola ao cesto’ na Esportiva. Falta-me tempo e competência para apurar quem está com a razão.

Mas não posso me omitir. Desde o Palmeirinha dos anos 70/80 eu não vibrava tanto com um escrete crepuscular. Ter um time competitivo num certame de projeção nacional é fundamental para a identidade da cidade. E é mais importante ainda para a molecada, que recebe altas doses de estímulo para a prática esportiva. E tanto melhor se esse time tiver, por menor que seja, um vínculo com um clube tradicional. Ganha o clube, ganha o time, ganha o esporte, ganha a cidade."

domingo, 1 de maio de 2011

Bronha-break

Charge Glauco

Só mesmo o impagável Xico Sá para blogar uma notícia destas. Imaginem se a moda pega, o Brasil vai ser vanguarda na legislação trabalhista com o "bronha-break".

CLIQUE AQUI E LEIA SOBRE NO BLOG DO XICO SÁ

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tabu quebrado

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Viagem que além do deleite propiciou a quebra de um tabu. Josiane Borges, lindeza!, tomou coragem e experimentou ostra. E o melhor: ela gostou. O maridão aqui torna público esse orgulho pela companheira de vida e andanças, que agora é também parceira na degustação do sabor único da gosminha marítima. No último dia da viagem, a dupla liquidou três dúzias do molusco. O ser humano evolui...

Na foto abaixo, Ioiô, o fornecedor das melhores ostras da Praia dos Carneiros.

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CLIQUE AQUI E VIAJE PARA A PRAIA DOS CARNEIROS

sábado, 23 de abril de 2011

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Curtindo o feriadão numa praia belíssima do Nordeste brasileiro, neste sábado 23 de abril meu coração está em Sanja. Ana Maria, minha mãe, completa sete décadas de uma vida de trabalho e devoção à família.

Não foram poucos os percalços que ela encontrou durante sua existência. Dificuldades que ela enfrentou, e superou, com retidão e dignidade.

A aparência frágil e a brandura no tratamento com o próximo escondem uma mulher que é uma fortaleza ímpar. Quem acompanhou sua trajetória sabe da bravura e sabedoria com que ela botou pra correr as tristezas decorrentes de algumas pesadas circunstâncias do destino.

Como filho, tenho muito orgulho de ser um “produto” da sua criação. E tenho certeza que, como educadora do ensino público, ela também plantou nos milhares de outros “filhos” os sólidos valores morais que sempre nortearam o seu caminho.

Lá nas alturas celestiais, Hélio (o marido), Augusto e Fiuca (os pais), como de hábito, devem estar tendo suas pequenas rusgas desimportantes. Grande e muito importante é a estima e admiração que todos eles têm por essa gigante mulher e mãe Ana Maria Bittencourt Lomônaco Borges.

Mãe, este filho errático que tenta ter um naco das suas virtudes, agradece a Deus por tê-la firme a seu lado nos momentos mais tormentosos.

Obrigado por tudo! Te amo!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Repouso Big Brother

ronco

Noite destas subi a serra para dormir em Poços. Não, meus caros, os motivos do pernoite em Minas não foram nada românticos. O sono deste blogueiro (e mais ainda da sua sofrida esposa) tem sido um tanto tumultuado por “trovões” e “ausências de ar” (gostaram dos eufemismos para roncos e apnéias?). Por ordem médica fui a Poços para mapear numa clínica especializada estes incômodos noturnos. Depois de ouvir as várias recomendações da enfermeira para enfrentar o “repouso Big Brother”, fui conectado a uma série de fios que, dizem alguns entendidos, podem até reproduzir meus sonhos em 3D.

Depois de ter quase (eu disse quase, maldosos!) todo o corpo plugado à parafernália do exame, deitei-me para aguardar a chegada do estado inerte de desaceleração do metabolismo (tucanei o sono!?).

Antes da luz se apagar, a voz doce da moça de branco: “Boa noite, durma com Deus!”. Naquele ambiente profissional, frio, asséptico, os votos gentis de um sono com as bençãos divinas me fizeram crer que a humanidade ainda não está totalmente perdida.

Durmam com Deus, amigos!

sábado, 9 de abril de 2011

Panela do cerrado

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Depois de uma semana em Goiás, Josi resolveu mostrar nesta Sanja uma panelada clássica da cultura gastronômica do cerrado. A galinhada goiana (com muito pequi) que ela executou com maestria, além de deixar claro que ela não é mais só um rosto bonito na cozinha, nos fez sentir o sabor da mesa camponesa das comitivas do passado que desbravaram o belo Centro-Oeste brasileiro. Meu mantra “cozinha é coisa séria” foi muito evocado para considerar o esmero na execução da receita. Este humilde post homenageia os primos queridos que são nossos vínculos afetivos com o hoje pujante mas não menos tradicional Estado de Goiás.

domingo, 3 de abril de 2011

Milk Moni

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Falei aqui dia destes da Copabacana Sorvetes. Por justiça, já que cantei também em prosa e verso em várias crônicas a Sorveteria Macaúba, tenho que falar da Milk Moni do meu amigo Luis. Fora do eixo Centro-Mantiqueira, a casa há muitos anos instalada nas bandas do DER (Rua Alan Kardec) mantém uma clientela fiel ancorada no imbatível tripé: qualidade, preço e bom atendimento. Adoro a combinação sorvete com salada de frutas. Na Milk Moni essa combinação coberta com muito chantilly leva o nome de Taça Tropical (foto). Conhece lá? Não!? Saia um pouco do circuito badalado desta Sanja e vá conhecer as delícias geladas da Milk Moni.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ice Sanja

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Copacabana Sorvetes Especiais. Recém-aberta em Sanja, a casa inova no cardápio dos gelados. Sabores pouco convencionais como jabuticaba, pera, mexerica, damasco, fazem do lugar um refresco na mesmice dos clássicos, que também lá estão para não decepcionar os mais conservadores. Sob o comando do casal Beto Mançanares (que muito aprendeu sobre a boa mesa nos anos que morou nos EUA) e Lili Barbosa, a nova sorveteria tem algumas taças que também chamam a atenção pelo inusitado: feijoada de sorvete e sorvete assado. Onde? Na esquina da Saldanha Marinho com a General Carneiro.
O gentil cap Beto nos serviu para degustação esse canapé gelado da foto: sorvete de queijo com pasta de tomate seco. Hummmmmm!!!!!!

sexta-feira, 4 de março de 2011

J. Prata

 

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Sergipano de Lagarto, José Nery Prata chegou nesta Sanja nos anos 60 como funcionário do Banespa. Talentoso e vocacionado para a publicidade, foi um dos pioneiros aqui das propagandas via carros de som. Quem não se lembra da Kombi laranja do J. Prata que em meados dos anos 70 circulava na cidade com a voz de J. Amaral em peças do tipo: "Pernambucanas, crédito aberto num piscar de olhos!".
Vizinho do J. Prata na Tereziano Vallim, o moleque de antanho adorava ser convidado para umas voltas na Kombi da publicidade sonora.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Macaúba enlatada

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Desta vez cheguei na capital portenha com o propósito resoluto de ver o Boca na Bombonera. Pela manhã descubro na calle Florida que ingressos para o setor dos boquenses já estão vendidos para a temporada toda. O jeito é ir para a porta da mítica cancha e tentar comprar de cambista as entradas para a área dos visitantes. O visitante, no caso, é o time do All Boys, que é novo na primeira divisão do futebol argentino. O time do bairro portenho de Floresta tem uma pequena mas fanática torcida.

Sem precisar andar muito, um cambista me aborda e oferece bilhetes por 150 pesos (o preço oficial era 40 pesos). Uma pechinchada e por 240 pesos garanto dois ingressos.

Desconfiado do milongueiro que me vendeu, pergunto a um guarda sobre a autenticidade das entradas. O oficial, um Gardelón dramático, diz que eu fui ludibriado com bilhetes falsos. Mesmo assim ele recomenda aguardar a abertura dos portões.

Catracas liberadas pela tarja magnética, alívio!, absolvem o homem dos bilhetes e condenam o canastrão de farda. Quatrocentos mil degraus separam a rua das arquibancadas visitantes. Suarento ao chegar perto das nuvens, senti o sacrifício físico de um pagador de promessas. A secura era tanta que paguei 12 pesos por menos de 300ml de Coca-Cola. Bebi a gaseosa em 10 segundos.

Imaginei que assistiria ao jogo na companhia de meia dúzia de torcedores do All Boys. Engano. Fui ludibriado pelo meu achismo. O bairro inteiro de Floresta foi ao estádio e, num “conforto enlatado”, ficamos mais de 90 minutos em pé escutando os impropérios espanhóis entoados pela hinchada visitante. “Cancha de mierda”, “Não-sei-que-lá de tu madre”…

No meio dos apoiadores do All Boys, vestimos a camisa e vibramos (e xingamos) muito com eles, eufóricos por resistir à pressão do poderoso Boca num 0 x 0 heróico.

E heróico foi presenciar o meu primeiro cotejo na Bombonera. Experiência única pra quem ama o futebol.

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Plástico prático e comida boa

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Tenho razões profissionais para defender o uso do dinheiro de plástico. É fato. Mas lavro este post apenas como consumidor.
São duas casas que vendem comida, que têm uma clientela A-B consolidada, produzem os seus acepipes com uma qualidade indiscutível, têm equipes muito boas no atendimento de balcão, MAS, PORÉM, ENTRETANTO, CONTUDO, TODAVIA, relutam bravamente em oferecer à freguesia a comodidade do pagamento via cartões de débito/crédito. Estava ontem em uma destas casas com alguns trocados e muitos cartões no bolso. Usei o parco cash para pagar o pãozinho francês e fui a um supermercado gastar quatro vezes mais em bebidas e frios. Pela facilidade, poderia ter comprado tudo num lugar só.
Nas transações com cartões, os encargos cobrados pelas administradoras (% sobre a venda e aluguel do equipamento) são facilmente cobertos pelo aumento nas vendas propiciado pela oferta do pagamento eletrônico. Em qualquer ramo de atividade, o portador de um cartão de débito/crédito compra por impulso. Se o ramo é alimentício, quadriplique a incidência destes impulsos consumistas.
Pela categoria/qualidade das duas casas, nunca vou deixar de comprar, mas ficaria imensamente feliz se o José Alberto da PANIFICADORA CASTELO e o Marcos da ROTISSERIA KUKA FRESKA oferecessem à sua qualificada clientela a opção de pagamento que mais cresce nos dias de hoje.
A glutonaria de Sanja vai comprar agradecida.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Morde a assopra

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Dissabores e sabores de uma vida online e das relações de consumo decorrentes. Noite de ontem e liguei para o *8486 da Vivo para cancelar uma linha de dados que estava em completo desuso. Ao teclar a opção "cancelamento" no pré-atendimento eletrônico, esperei mais de 40 minutos para ser atendido, repito, QUARENTA MINUTOS. Depois da absurda espera, uma ligação ruim do cão e desculpas de "sistema inoperante" me levaram a cornetear sobre o ordinário atendimento no Twitter. Em poucos minutos recebo uma DM (direct message) da @Vivoemrede me sugerindo um SMS para o número 1058. Disparo o torpedo e em poucos SEGUNDOS se estabelece um chat-SMS com uma atendente da empresa. Depois de uma confirmação rápida de dados, em menos de cinco minutos no chat-SMS recebo o número do protocolo do cancelamento. Rápido, clean, civilizado, eficiente. A rápida solução via mensagem de texto redimiu a empresa pelo péssimo atendimento de voz. Pela cobertura 3G, pela qualidade do sinal e, mesmo com as pontuais falhas, pelo atendimento ao cliente, sou VIVO.