sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Na cancha merengue

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Num périplo de recreio pelo Velho Mundo algumas paradas em grandes cidades são imperativas. Se inevitáveis as escalas, que sejam longas o suficiente para um giro pelo centro histórico e algo mais.

Dia destes, olé!, aterrissei no enorme aeroporto de Barajas e saí para um passeio na bela Madri.

Uma tal Jornada Mundial da Mocidade inundou a capital espanhola de hordas de jovens religiosos do mundo todo. Queriam ver o Papa, sim, mas queriam diversão e farras típicas da adolescência.

Se as calçadas estavam entupidas de hormônios, o jeito foi subir num ônibus turístico para tentar conhecer um pouco dos pontos históricos da metrópole ibérica. Entre fotos e exclamações pergunto ao motorista sobre uma área para forrar o estômago. Próxima parada, ele sugere.

Parada que me traz um restaurante caro, uma paella meia-boca, um jámon delicioso e, e... o Santiago Bernabéu, o estádio do Real Madrid. Uau!

€ 16 mais pobre e lá estou no interior da casa do escrete merengue. Uma baita emoção pra quem ama o futebol.

Muitos degraus de algumas escadas (rolantes) levam o visitante a uma vista panorâmica da cancha onde já jogaram alguns dos maiores craques do mundo. E que vista! Uma arena de ângulos perfeitos que proporciona visão 100% do gramado para todos os espectadores.

Já vestiram a alva farda do Real essas figurinhas: Di Stéfano, Puskas, Hugo Sánchez, Hierro, Raúl, David Beckham, Zidane, Cristiano Ronaldo e os brasucas Roberto Carlos, Ronaldo, Kaká. Fraquinhos, não?

Essa constelação, em diferentes épocas do século 20, levou muitas taças ao Santiago Bernabéu. E a galeria destas conquistas está no museu do estádio, onde, além dos troféus, há camisas, bolas, chuteiras e ingressos. Todos estes, objetos históricos ligados a algum momento marcante da trajetória do time madrilenho. E bota momento marcante na história desta equipe que foi considerada pela FIFA a melhor dos últimos 100 anos.

Túneis, bancos de reservas, vestiários, sala de coletivas, margem do campo. Tudo isso pode ser visto muito de perto e, arrepio!, aumenta a freqüência cardíaca dos aficcionados pelo ludopédio. Estrutura fantástica e muito didática para quem se arvora a sediar uma Copa do Mundo.

Ribeirinho do Jaguari, iniciado nos prazeres de gritar na arquibancada vendo o Palmeirinha no Getúlio Vargas Filho, este macaúbico de verbo errante, sentindo a vibração de um dos maiores palcos do esporte mundial, teve a certeza que, naquele dia, os deuses da bola conspiravam a seu favor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fantástico meu amigo!!! (Fred)