quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amar é muito melhor

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Hoje eu quero bacalhau, vinho do Porto e pastel de Belém! Hoje eu quero dançar o Vira! Roberto Leal, lembram dele?, está que não se agüenta.

Deixemos um pouco de lado o quarteto dos grandes paulistas e vamos homenagear o escrete do Canindé.

A Portuguesa, gajo, com certeza está na crista da onda. Está na moda pelo assombroso desempenho na Série B que culminou com o primeiro troféu nacional de sua história. A equipe comandada por Jorginho alcançou 68,5% dos pontos disputados.

Chamar o time de “Barcelusa” ou de “Realusa” soa um tanto demasiado, mas esse exagero se explica pela enorme paixão de sua minúscula torcida. Como um time com tão poucas conquistas desperta sentimentos tão intensos nos seus torcedores?

A maioria dos brasucas que diz gostar de futebol, do jogo jogado, e de seus times de predileção mostra, na prática, que gosta mesmo é de vencer.

Em pelejas dos grandes, as pequenas platéias são justificadas pelas fases ruins. Na prática, fica claro uma relação interesseira em que só os êxitos levam o torcedor aos estádios.

Amor de fut-aficcionado é ―ou deveria ser― incondicional. Simplesmente você não vive sem aquele time, sem aquela camisa. Padece e vibra por causa dele, mas não o deixa ao relento, passe o que passar, aconteça o que acontecer.

Uma ligação tão vigorosa, às vezes excessiva, pode ajudar no desenvolvimento do caráter do indivíduo. O sujeito adquire um anteparo psicológico robusto para encarar os oponentes e as galhofas, tudo em nome de sua paixão. Ele não vira bandeira, não se esconde, não se acovarda.

Os torcedores da Lusa também somem em grande parte quando as coisas vão mal e emergem quando os triunfos acontecem, como ficou explícito nos dois últimos cotejos disputados no Canindé.

Mas é impossível negar que torcer pela Portuguesa é muito, muito mais difícil. Só o gostar demais explica.

É lindo ver a molecada, tão influenciável por vitórias, berrando nas arquibancadas com o coraçãozinho sob o manto dos Leões da Fabulosa.

Alguns dirão ter compaixão destes infantes pela escolha de um time com tamanha privação de glórias.

Prefiro ver por outro ângulo menos pragmático. Vencer é bom, mas amar é muito melhor.

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Gol do Baixinho

Dia destes na Câmara Federal, o establishment parlamentar armou uma retranca para proteger o presidente da CBF.

Romário, neo-deputado, também sabe driblar defesas no Congresso. Praticamente sozinho no saudável papel de crítico, cutucou, perguntou e disse ao nebuloso e suspeitíssimo Ricardo Teixeira o que o Brasil tem vontade de dizer. Golaço!

Um comentário:

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

O escriba sabe que não torço pra time nenhum, mas meu sangue é 75% lusitano. Vai daí que ora pois, está lá, ó raios... saudações bairroalégricas.