sábado, 3 de novembro de 2012

Wilson, o fotógrafo

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1972. Talento pra retratar ele tinha, só que a coisa não deslanchava. Bingo! Propaganda era o que faltava. E propaganda na Sanja de antanho era rádio AM. E rádio AM na Sanja setentista era sinônimo de Compadre Fica-Fica.


“Como a sua loja não tem nome?”, vociferou o radialista lendário desta província crepuscular.


Bradou e batizou, já emendando com o slogan que mudaria a história de Wilson Schiavon: “Foto Copacabana, onde sua foto fica bonita e bacana!”.


O reclame pelas ondas radiofônicas despejou um caminhão de fregueses para o então iniciante fotógrafo.


Contabilizados, de 1972 até 2007, quando seu Wilson pendurou a câmera, foram mais de 16.000 batizados, mais de 5.000 casamentos e outros milhares de aniversários.


Retratando efemérides por 35 anos, ele criou e formou quatro filhas, construiu um honesto patrimônio e contribuiu como poucos para a memória fotográfica deste torrão mantiqueiro.


Pai da minha querida comadre, Alessandra Schiavon, seu Wilson hoje curte uma merecida aposentadoria, pescando, “baralhando” com amigos e pajeando as netas.


Na imagem rara que ilustra o post, o fotógrafo está na posição das centenas de milhares de pessoas que ele clicou.

Um comentário:

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Caramba, escriba. Pelo jeito o Wilson destronou o lendário Gianelli como guardião da memória fotográfica macaúbica. Parabéns a ele pelo meritório trabalho. Aliás, soube que os herdeiros do velho Gianelli vêm conservando seu valioso acervo e já pensei em fazer contato para buscar algum registro, em filme, do meu avô Oscar. Seria para mim uma enorme emoção vê-lo num registro em movimento, e consta que o Gianelli registrava em filme alguns dos acontecimentos marcantes de São João - nos quais talvez o velho Pirajá estivesse presente. Se souber quem da família Gianelli detém esses tesouros, me avisa, ok? Um grande abraço!