Pego a rodovia rumo à província poçoscaldélica buscando alívio no incomodamento causado pela quentura climática.
E vou também para reencontrar os deleitamentos apetitosos do chef Rafael Moisés, esse neto de libaneses que realiza com primor temperístico a cozinha milenar dos seus ancestrais.
A Tenda do Habibi, cravada no coração da agitada e charmosística urbe mineira, está mais bem fornida de detalhismos estéticos, mas continua fiel às origens ofertando aos comensais pratos deliciosos em porções generosas, visualmente sedutores, acompanhados de um atendimento simpático.
E todo esse conjunto de corretismos no bem servir não avança com ganancismo nos seus níqueis. O preço é justíssimo.
A sugestão para uma sequência de mastigamentos jubilantes: quibe cru sob cebolas caramelizadas, babaganoush, uma sagrada coalhada seca com figo ramy, charutinhos e, o gran e dulcíssimo finale, doce de semolina, uma sobremesa de encantamento inergaláctico feita de sêmola de trigo, ameixas, ovos, assada lentamente para manter a cremosidade, e que aterrissa à mesa submersa numa sutil calda cítrica.
Confetes e confetes, Rafael, e que o seu entusiasmo pelas tentações paladarísticas perdure por mil gerações.
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Um comentário:
Pelas barbas do Salim, o escriba parace ter trocado o shake pelo sheik! Olha o regime, rapaz. Saudações belóquidas.
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