domingo, 18 de setembro de 2016

Habaneras 3 - Los coches


O táxi em Havana, ou melhor, os táxis.

Os carros mais novos de cor amarela que fazem ponto nas cercanias dos hotéis podem ser os mais seguros, mas além das corridas caras certamente são os mais sem graça.

Ladas russos e outras bugigangas motorizadas dos anos 1970/80 vindas do leste europeu também buscam turistas nas ruas. A maioria destes está em condições precárias. Circulam, ainda, graças às gambiarras.

Num deles, assustadoramente desintegrando-se, o taxista bota mais emoção na viagem dirigindo com apenas uma mão no volante. A outra, funcionando como um prendedor, supre a ausência de fechadura e mantém a porta fechada.

Bacanas mesmo são os lindos veículos americanos da década de 1950. Chevys, Pontiacs, Buicks, Plymouths, Oldsmobiles, Bel-Airs… Vários e vários, conservados/restaurados, são pura poesia rodando às margens do Malecón e entre os prédios antigos de Habana Vieja.

Numa noite de calor infernal, tomei um Bel-Air em Vedado. A delícia foi descobrir que o chofer adaptou no seu automóvel o ar-condicionado mais poderoso do planeta. Pela temperatura, um norueguês se sentiria em casa e, pela potência, o vento gelado alcança fácil o sul da Flórida.

Outra nota: gostem ou não os clientes, a música alta está em 100% dos táxis em Havana. Ouvi de hip-hop local até pop-rock norte-americano. No talo!

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