Início de 2008 e o escriba-glutão lavrou por aí enaltecendo alguns sandubas desta Sanja. O tradicionalíssimo bauru do Nosso Bar ficou fora dos confetes. À época, justifiquei a minha crítica ao proprietário:
“O lombo suíno, a alma do bauru, tem vindo ressecado no lanche. E esse ressecamento decorre da minúscula espessura do corte da carne. É impossível chegar no ponto correto de fritura com o bife de lombo cortado tão fino”.
Minhas ponderações, que também eram a de muitos amigos e conhecidos, receberam uma justificativa pouco convincente do empresário baurueiro.
Dia destes, seguindo a dica do confrade Gilberto Marcon, resolvi conferir se o resgate gastronômico havia de fato ocorrido. Bela surpresa!
O bauru do Nosso Bar, desde sempre no panteão dos mais tradicionais desta Sanja, voltou a ser também um dos melhores no sabor. A carne suína retornou reinando, suculenta, na espessura correta e muitíssimo bem temperada.
Meus vivas aos proprietários, em especial ao amigo Silvio Carvalho, que não se fizeram de surdos ao coro de comilões desta província crepuscular.
Bauru, em Sanja, é coisa muito séria!
2 comentários:
adorei o texto. vc está de parabéns. te admiro e curto muito. bjão
Lauro, meu caro. Como dizia meu avô, uns gostam dos olhos e outros da ramela. Eu gosto do bauru do Nosso Bar, desde 1961, quando nestas plagas cheguei, elaborado pelo ranzinza Nelson. Quando quero um úmido e mais gordinho vou procurar no Russo. Vou experimentar a esfirra indicada pelo bom amigo Campana. Abraço. Sérgio Meirelles
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