Beraldo, lá na década de 1970, foi forjado no MDB que combatia a ditadura militar. Beraldo, divergindo do então PMDB dominado pelo fisiologismo de Orestes Quércia, esteve, em 1988, no navio do nascituro PSDB que zarpou sob o comando de Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.
Na história política recente do país, Sidney Beraldo não negou seu berço democrático. Embora adversário histórico do PT, ele não se omitiu no último pleito presidencial. Seu lado, sem vacilar, foi o das trincheiras civilizatórias, do antifascismo, do repúdio absoluto aos quatro anos da tragédia bolsonarista.
Dias atrás na Dona Gertrudes, saindo do cinema de mãos dadas com a neta, ele foi insultado publicamente por um triste personagem do extremismo de direita. Sim, acreditem!, suas convicções eleitorais e humanas fizeram dele, na companhia de uma criança, vítima do desrespeito e da violência verbal perpetrados por um membro do bando nefasto que tentou tomar o país de assalto nos últimos tempos.
É triste constatar que parte da província pela qual Beraldo tanto fez, esquecendo seu notável currículo de bons serviços e seu perfil conciliador, hoje o renega e o ultraja por ele ter escolhido o caminho não obscuro da História.
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