Conheci Henrique Benedetti e seu primoroso trabalho na cozinha em junho de 2016. Era o Ollivia de Luciano Mussolin numa noite fria de quarta-feira. Ali, sob a mística do histórico casarão, testemunhamos, eu e Josi, um desfile de técnica, senso estético e valorização de ingredientes regionais. Não é exagero dizer que, na época, ele introduziu a alta gastronomia contemporânea em Poços de Caldas.
Daquele arrebatador jantar de inverno em diante, no próprio Ollivia e, a partir de 2019, em outras tabernas, peregrinamos religiosamente pelas trilhas autorais do chef Henrique. Ultimamente, através das mídias sociais, acompanhamos o virtuose poços-caldense comandando o bistrô do consagrado Charlô Whately, no paulistano Pulso Hotel.
A primavera de 2024 trouxe flores, chuva e Henrique Benedetti de volta às panelas do centenário imóvel. O prédio, repaginado, está mais lindo do que nunca. Seduzido pela proposta do espírito inquieto e criativo que hoje lidera o Ollivia, Rubinho Massa, ele se reconectou às suas raízes vulcânicas. Esse triunfal retorno, aguardado com ansiedade pela antiga clientela do restaurante, traz o artista no esplendor de sua maestria culinária.
Henrique, agora mais maduro e cheio de bagagem, segue na nobre missão de ser o cara que domina os métodos de sua arte para, à mesa, encantar com a beleza e a harmonia dos sabores que unem as riquezas da sua Mantiqueira aos aromas do mundo.
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