A doçaria conventual recebe esse nome por ter sido criada nos conventos, onde os trajes dos religiosos eram engomados com clara de ovo.
Os doces da doçaria conventual, que têm fartura de gema —que sobrava aos montes nas clausuras— e açúcar, e quase nada de farinha, são típicos da culinária portuguesa. Eles são onipresentes nas esquinas calóricas das urbes lusitanas. Estupidez! Absoluta estupidez!
Alcôa —nada a ver com a riqueza do alumínio, tudo a ver com outras riquezas— é uma fantástica porta-bandeira da doçaria conventual, estabelecida na Rua Garret, no lisboeta bairro do Chiado.
Dia destes, no meio da tarde, fui estapeado pelos bárbaros doces do lugar. A vitrine ofende de tantos atrativos que vão muito além dos incríveis pastéis de nata.
As duas pesadas ofensas:
1. Torrão Real: gemas, nata, canela e amêndoas, uma coisa linda e estúpida que me fez surtar, mas que eu não tenho a mínima ideia do como fazer.
2. Cornucópia: a massa exterior, tipo canudinho, é muito fina, estaladiça como dizem os portugueses, frita em azeite e recheada com doce de ovos feito em tacho de cobre.
ÓmeuDeus, faizfavoire, deixa de ser estúpido!
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