Ninguém conhece José Vítor de Araújo pelo nome de batismo. Fonteplatinense de alma, 62 anos, ele está no bairro desde 1974, quando chegou de São Sebastião da Grama com a família para trabalhar nas lavouras de café. A boia era fria, o sol era quente, a idade era pouca e o vento nas montanhas trazia alguns sonhos de mudar de vida. Muita água correu de lá pra cá.
Líder comunitário e vereador por quatro mandatos (1982-2000), Zé Pelé sempre usou sua cadeira na Câmara para melhorar o Principado da Fonte Platina.
Num balcão de botequim na Barrinha —Bar do Norfinho—, recebeu clamores para comercializar aquela mandioca que ele levava para acompanhar a cerveja com amigos.
Então funcionário da Renovias, Zé percebeu uma oportunidade de negócio. Fez proposta a donos de terrenos baldios do Principado: “eu mantenho seu imóvel limpo e você me permite o plantio da mandioca”.
Com a ajuda essencial da irmã Célia e do genro Sandro, Zé Pelé montou uma eficiente linha de produção para descascar, lavar, cozinhar, embalar e congelar as macaxeiras platino-pratenses. “Pesquisando e testando, conseguimos ofertar ao freguês a mandioca mais perfeita para fritar. Sequinha, ela não encharca na fritura. Tenho o meu segredo!”, discursa o orgulhoso empresário que entrega mensalmente 1.300 quilos daquilo também chamado por aí de aipim.
Desde 2018 com a pequena fábrica 100% regularizada nos órgãos sanitários, o selo Mandioca Prata está em pontos de venda em Águas da Prata, São João, Pinhal e Poços. Cá no pedaço, poucos mencionam o nome oficial. MANDIOCA DO ZÉ PELÉ, reto e direto, é a marca que está na boca e no prato do povo.
Zé Pelé, o camisa 10 da mandioca, ainda tem planos de crescer. “Duas toneladas por mês? Quem sabe!”
🍠🍠🍠
MANDIOCA PRATA
19 3642-2525 // 19 99729-5567
Nenhum comentário:
Postar um comentário