sexta-feira, 10 de maio de 2019

O puto, o luto


Insano tempo,
o tambor.
Bélicos ventos,
o horror.

Escola fuzilada, 
o pente.
Ciência metralhada,
o cano quente.

Gatilho aviltante,
insensatez.
Coldre intolerante,
zero lucidez.

Triste bala, 
do revólver.
Funda vala,
do cadáver.

O mal no apogeu,
o canhão.
Deus meu,
ele não!


[Orides ainda inspirando... frutos não tão bons, mas frutos...
Ela é a inspiração maior, mas a motivação que fez-me escrever esse poema especificamente é menos lírica e muito mais decorrente de um sentimento que mistura tristeza e indignação]



Um comentário:

Francisco Azevedo Lomonaco disse...

A pena perene de Orides escreve (agora) escreveu (no passado) à angústia do ser humano, à insanidade dos insanos (de hoje). Grande!!!