A coisa toda começou em 1982, num trailer na baixada da rua General Osório. Mais velho, Daniel juntou os brothers Denilson e Vivi para abrir o primeiro “carrinho de lanches” de São João. Em Ituiutaba, onde a família Borges (não são meus parentes) morou, Daniel trabalhou numa lanchonete chamada Hi-Fi. De lá, ele trouxe o know-how “lancheiro” e o mesmo nome para ser o pioneiro nos Crepúsculos Maravilhosos. Deu muito certo; a energia da juventude fervia na rua entre bocadas homéricas e garrafinhas de Coca KS.
Denilson aprendeu rápido a arte hamburgueira e, faça-se justiça, ele foi o cara que criou muitos dos lanches (o ki-galo, por exemplo) comandando a chapa na companhia do irmão Vivi. O movimento recorde não sai de sua memória: 738 lanches numa noite pauleira de sábado até o alvorecer de domingo.
Depois de quase um quarto de século empunhando a espátula no Hi-Fi, Denilson foi ganhar o pão em outro ramo. Entregou revistas da Abril e produtos de vendas online. Cansou, mas não descansou! Na General Carneiro, sem modéstia no letreiro, ele voltou às origens pilotando a própria chapa n’O Mestre dos Lanches. Agora tem delivery, cartão de crédito, PIX e ketchup no sachê (argh!). A vida moderna só não mudou o sabor fodão dos lanches e o x-tudo, viva!, sem batata palha.
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