terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parking herege

catedral de sanja

Rola lá no Facebook um debate sobre o uso do passeio público no entorno da Catedral como estacionamento de veículos nos horários de missas e casamentos.

Um amigo disse que excetuando a calçada, o resto do entorno faz parte da propriedade da Diocese, podendo ela dar o uso que achar conveniente ao espaço.

Quero, aqui, fazer uma abordagem mais ampla do assunto, nos tópicos que seguem:

1) A recente grande reforma da Catedral foi concebida e executada graças a um grupo abnegado da cidade que reuniu poder público, fiéis, empresários e preservacionistas. E quando falo da reforma, não falo só do interior da igreja, mas também do seu entorno, incluindo o calçamento de pedras portuguesas;


2) Será que esse grupo aprova o uso da área que circunda o templo para circulação e estacionamento de veículos?;


3) Existe a questão estética (passa uma imagem de desordem os carros sobre o passeio público), a questão de segurança (carros X pedestres numa área de grande fluxo no centro da cidade) e a questão estrutural (o local foi projetado para pedestres e o uso habitual para a circulação de veículos pode danificar o calçamento de pedras portuguesas);


4) Há que se falar ainda da questão urbanística: vai contra a lógica da sustentabilidade pensar um espaço público (sim, lá é público) em que os carros sejam privilegiados em detrimento dos pedestres;


5) Conheço um bocado de catedrais históricas por aí. Não vi em nenhuma o seu entorno tomado como estacionamento;


6) Ouço de muitos nas esquinas desta Sanja o desconforto com a situação, mas ao mesmo tempo percebo um sentimento de leniência com o caso por parte do poder público, da imprensa, da sociedade civil;


7) Seria o temor do confronto com uma instituição tão poderosa, a Igreja Católica? Ao que parece, o estacionamento ímpio é autorizado única e exclusivamente pelo pároco da Catedral, o Monsenhor Denizar Coelho.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amar é muito melhor

Lusa Logo

Hoje eu quero bacalhau, vinho do Porto e pastel de Belém! Hoje eu quero dançar o Vira! Roberto Leal, lembram dele?, está que não se agüenta.

Deixemos um pouco de lado o quarteto dos grandes paulistas e vamos homenagear o escrete do Canindé.

A Portuguesa, gajo, com certeza está na crista da onda. Está na moda pelo assombroso desempenho na Série B que culminou com o primeiro troféu nacional de sua história. A equipe comandada por Jorginho alcançou 68,5% dos pontos disputados.

Chamar o time de “Barcelusa” ou de “Realusa” soa um tanto demasiado, mas esse exagero se explica pela enorme paixão de sua minúscula torcida. Como um time com tão poucas conquistas desperta sentimentos tão intensos nos seus torcedores?

A maioria dos brasucas que diz gostar de futebol, do jogo jogado, e de seus times de predileção mostra, na prática, que gosta mesmo é de vencer.

Em pelejas dos grandes, as pequenas platéias são justificadas pelas fases ruins. Na prática, fica claro uma relação interesseira em que só os êxitos levam o torcedor aos estádios.

Amor de fut-aficcionado é ―ou deveria ser― incondicional. Simplesmente você não vive sem aquele time, sem aquela camisa. Padece e vibra por causa dele, mas não o deixa ao relento, passe o que passar, aconteça o que acontecer.

Uma ligação tão vigorosa, às vezes excessiva, pode ajudar no desenvolvimento do caráter do indivíduo. O sujeito adquire um anteparo psicológico robusto para encarar os oponentes e as galhofas, tudo em nome de sua paixão. Ele não vira bandeira, não se esconde, não se acovarda.

Os torcedores da Lusa também somem em grande parte quando as coisas vão mal e emergem quando os triunfos acontecem, como ficou explícito nos dois últimos cotejos disputados no Canindé.

Mas é impossível negar que torcer pela Portuguesa é muito, muito mais difícil. Só o gostar demais explica.

É lindo ver a molecada, tão influenciável por vitórias, berrando nas arquibancadas com o coraçãozinho sob o manto dos Leões da Fabulosa.

Alguns dirão ter compaixão destes infantes pela escolha de um time com tamanha privação de glórias.

Prefiro ver por outro ângulo menos pragmático. Vencer é bom, mas amar é muito melhor.

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Gol do Baixinho

Dia destes na Câmara Federal, o establishment parlamentar armou uma retranca para proteger o presidente da CBF.

Romário, neo-deputado, também sabe driblar defesas no Congresso. Praticamente sozinho no saudável papel de crítico, cutucou, perguntou e disse ao nebuloso e suspeitíssimo Ricardo Teixeira o que o Brasil tem vontade de dizer. Golaço!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dona Lindona vive!

IMG_0618

Junto com o bauru de lombo é o lanche mais icônico desta Sanja crepuscular. Nasceu no Porão, renasceu no Salamalec, passou pelo Baiuca e agora revive no Schnaps.

O Dona Lindona, criação deliciosa do amigo Celso Zerbetto, voltou para matar a saudade dos glutões súditos da Beloca. Sob o comando da Solange Giollo, que resgatou a Dona Dorotéia, ex-cozinheira do Salamalec, a casa fica na Teófilo de Andrade com a Campos Salles, onde aquela delícia reina no cardápio e vem à mesa sob caprichadas pinceladas de geléia de morango (ou requeijão). Fanático pelo acepipe, vai ser difícil escolher outro prato que não o Dona Lindona, mas quero voltar lá para provar as iguarias alemãs.

Comemorem, macaúbicos, o Dona Lindona não morreu!

Clique aqui ou aqui e conheça a história do Dona Lindona

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cemitério Municipal

escultura fernando furlanetto

Em defesa de um patrimônio histórico e cultural de São João da Boa Vista: o Cemitério Municipal.

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