quinta-feira, 28 de março de 2019

Boçalnaro


Eu me seguro, me policio, tento ver algo de menos ruim, tento não falar tanto sobre, mas tem hora que não dá...

Sim, eu tinha certeza que um tosco e improdutivo parlamentar que só fez bizarrices na sua pobre trajetória política de quase três décadas seria um desastre como presidente da República.

Mas ele se supera! Sempre!

Celebrar o Golpe de 1964? 
Choca, mas não surpreende.

Comemorar isso é o mesmo que comemorar a TORTURA, comemorar a CENSURA, comemorar o EXÍLIO de opositores, comemorar a PRISÃO de jornalistas, comemorar a AGRESSÃO ao Estado Democrático de Direito.

Como se essa barbaridade não bastasse, essa insensibilidade sem precedentes, uma celebração assim denota uma incurável postura de conflito, uma incapacidade absoluta de unir o país, uma inépcia cabal para tentar governar pra quem também não o elegeu. Ele quer jogar para seu eleitorado radical. Ele quer causar nos seus perfis internéticos. Ele NÃO quer governar. Ele NÃO sabe governar. Ele é incapaz de: respirar e focar na articulação política; largar o Twitter e pegar no batente; sair da campanha e descer do palanque.

Qual vai ser a próxima comemoração? Dia do Miliciano? Orange Day? Tributo a Olavo de Carvalho?

Ele fala de uma suposta “nova política”. Só embalagem fake para um produto ruim, velho, vencido, podre e nocivo. Ele me envergonha!

domingo, 24 de março de 2019

NaKafeteria

NaKafeteria, na baixada da Saldanha Marinho, é um novíssimo —abriu essa semana— ponto em Sanja que serve o melhor café da região. 

Também: tem pão de queijo, tem bolo, tem panini, tem sucos, tem cantinho da leitura, tem ambiente que abraça, tem wi-fi, tem pães da Fornarii, tem um super atendimento.

Trabalhando exclusivamente com o selo Café Platina, a casa oferece também o produto embalado, em pó ou em grãos.

Me atrai essa mistura empreendedora de café bom num lugar bacana com um bairro antigo e tradicional. 
☕️ 🍰 

Saldanha Marinho, 250, pertinho do clube Rosário.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Rotisseria Tabarin



Uma empresa familiar forjada por uma mulher —Rosineire Tabarin— que começou vendendo salgados de porta em porta em São João da Boa Vista, SP.

Hoje, da via mais movimentada da Vila Brasil, a rua Santa Maria, sai uma das melhores esfirras abertas da cidade.

Sou fã há muito dos disquinhos da Rotisseria Tabarin. Massa fina, leve, borda tostadinha e recheio farto, condimentado na medida. Comer meia dúzia não é nenhum exagero.

Entre doces e salgados, são 29 os sabores. Não sou de viajar muito na variedade. Pago convicto e satisfeito a pechincha de R$ 1,50 nas tradicionais carne e queijo.

Não à toa, eles vendem 24 mil esfirras por mês. Assadas na pedra, diga-se. O delivery, rápido, não estressa os esfomeados: 3623-2075.

Por que não te calas?


Bolsominion, depois da Nutella matinal e de disparar fake news, limpa a boca na toalha, pega seu rifle e vai atirar na imprensa. O hobby atual dos Bozo-simpatizantes é esse. Mais do que um hobby, uma obsessão. Uma obsessão retroalimentada pelo grande líder do Twitter.

A mídia que critica Bolsonaro hoje, a maioria dos veículos, pelo menos, é a mesma que criticou Lula e o PT. E com razão. Na época do Fora Dilma e do julgamento do Lula, petista nenhum compartilhava links e notícias de órgãos graúdos de imprensa. Eram vendidos. Os puros eram aqueles pequenos blogs aparelhados, catequizados. Nestes Bozo-tempos, o negócio inverteu. Globo, Folha, Veja, Estadão, entre outros, são jornalecos e pasquins da “esquerdalha”.

O papel da imprensa é mais do que informar, é fiscalizar, opinar, cutucar, incomodar. Eu concordo com Millôr Fernandes na sua célebre frase: “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.

Não existe democracia forte sem imprensa combativa. Collor e Dilma não teriam caído sem essa combatividade. Sei que não tem santo na coisa. Sei que há, sim, o interesse econômico e o viés ideológico dos controladores dos grupos de comunicação. No mundo inteiro é assim.

Antes eventuais excessos à passividade, ao jornalismo chapa-branca, à bajulação. Bolsonaro pode ter algumas razões com relação à redistribuição das verbas de propaganda oficial, mas ele não age assim por zelo aos cofres públicos ou qualquer outra razão nobre, ele o faz por seu histórico desprezo ao jornalismo e às instituições democráticas.

A quem interessa uma imprensa desidratada?

Sim, a ironia, o sarcasmo, a charge, a caricatura, o humor são formas legítimas de crítica. Não culpemos a janela pelo cinza da paisagem.