O assunto, importantíssimo para a nutrição do cidadão, fundamental para os destinos do país, tem gerado comoção e repercussão nas redes sociais e nos portais de notícias.
A tal Paçoquita cremosa é a bola da vez no mundo digital. Marketing agressivo na internet somado a um intencional desabastecimento do produto, viralizaram a peanut butter tupiniquim —dizem até que colunistas de pequenos jornais e blogueiros embolsam polpudos jabás pra falar dela. Sei não...
E em ano eleitoral, os candidatos têm que alinhar seus discursos aos clamores da sociedade, seja em entrevistas ou no horário político obrigatório.
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William Bonner, impiedoso, provoca a presidenta Dilma:
—Candidata, no exercício do seu primeiro mandato a senhora criou vários Ministérios. Nenhum, repito, nenhum foi dedicado à amendoinocultura. Como consequência, enfrentamos essa carência de Paçoquita que tanto tem afligido os brasileiros. Como encher as prateleiras dos supermercados com o produto?
—Veja, Bonner, muito oportuna a sua pergunta. O meu quadragésimo Ministério será o do Amendoim e Congêneres. E mais ainda: vou criar a AmendoBras, uma agência do governo que vai gerir a produção e distribuição da Paçoquita em todo território nacional. Também não descarto enviar ao Congresso um projeto de lei instituindo o Bolsa Paçoquita. Pelo dispositivo legal, famílias que ganham até um salário mínimo por mês teriam direito a dois potes gratuitos de Paçoquita.
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Paulo Maluf:
—Bandido bom, é bandido preso. Polícia boa, é polícia na rua, é a Rota na rua. Paçoquita boa, é Paçoquita na mesa do trabalhador que, depois de um dia cansativo na labuta, precisa de energia para cumprir a contento suas obrigações conjugais. São Paulo não pode parar, a Paçoquita não pode acabar.
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Marina Silva:
—Os ideais do Eduardo não morrem com ele. Vamos honrar esse legado. Não vamos desistir do Brasil, não vamos desistir da Paçoquita.
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—Meu nome é Aécio Neves, vamos conversar? Nestes doze anos de desgoverno do PT nada foi feito para resolver esse grave problema de desprovimento de Paçoquita nos lares brasileiros. A minha primeira medida como presidente da República vai ser privatizar empresas estatais ineficientes e obrigar os compradores a adaptar seus parques fabris para que se transformem em grandes produtoras de Paçoquita.
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José Serra:
—Como ministro da Saúde, eu criei o medicamento genérico. Como senador por São Paulo, vamos criar a Paçoquita genérica. A mesma qualidade da original por um preço bem mais em conta. A locomotiva do país vai ser movida por pasta de amendoim.
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Geraldo Alckmin:
—O Paçoquita Para Todos vai ser um marco para a população bandeirante. Se a falta de chuva castiga o Estado com uma terrível crise hídrica, São Paulo vai ter o maior programa de inclusão paçocal do planeta. Sem água, mas com paçoca.
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Levy Fidelix:
—Dane-se a Paçoquita, a minha bandeira de campanha ainda é o AeroTrem...
2 comentários:
Kkkkkk
Ótimo Lauro!!!
Abçss
Newton
Rsrsrsrs... boa, escriba! O Levy Fidelix fechou com chave de ouro. Loas à irresistível paçoquita.
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