quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reinaldo Azevedo

Conheci o texto de Reinaldo Azevedo uns quatro anos atrás, apresentado pelo primo goiano Zé Augusto, um fã incondicional do cara. Na época ele tinha um blog bem underground, mas já mostrava suas posições controversas numa linguagem bem ácida. Hoje, bem mainstream, tem o seu blog dentro do portal de “Veja”. Continua um direitista extremo bem conservador, mas não posso negar que Azevedo tem uma inteligência e um senso de humor dos mais refinados. Mesmo discordando de muito do seu conteúdo, a embalagem da sua lavra inspira e faz rir. Por vezes ele é tão radical que parece cômico. Nesta semana ele deu uma entrevista bacana ao Jô. Vale assistir. Eu, particularmente, gostei muito das suas argumentações sobre a visita do Ahmadinejad e sobre a reforma ortográfica. Taí, em 3 blocos, capturados do YouTube:









2 comentários:

José Augusto disse...

Primo,

você rotula Reinaldo Azevedo com os títulos de "o cara é de direita, conservador, polêmico..."; algumas considerações:

a) O dicionário Aurélio define conservador como "... que conserva. Diz-se daquele que em política é favorável à conservação da situação vigente..."; definitivamente este adjetivo não cabe ao Azevedo;

b) No Brasil, ser chamado de "direita" é sinônimo de ditadura militar. A única coisa que realmente não temos no pais é uma direita verdadeira; ou vc acha que Sarney, Delfim Neto, Collor & cia ltda são exemplos de direita?

c) Quanto a ser "polêmico", transcrevo uma resposta dada pelo próprio escriba em seu blog:
" Fui apresentando no Programa do Jô como um “jornalista polêmico”. Ele próprio especulou, entre o humor e a ironia, com o sentido da palavra. Se vocês forem procurar a origem grega da palavra, verão que “polemikós” quer dizer “relativo à guerra” — ou “aquilo que convém à guerra”. Assim, em sentido estrito, “polêmico” é Ahmadinejad, não eu.
Mas “polêmico” assume também o sentido da opinião não-consensual, que desperta reações de amor e de ódio, que costuma opor entusiastas e adversários de modo inconciliável. É, não deixa de estar aí embutida a idéia de “luta”. E acho que posso me encaixar nesse perfil.
E há ainda um outro sentido, talvez este mais empregado hoje em dia: você é “polêmico” quando a maioria acha uma coisa, e você, outra. Geralmente, essa concepção supõe que o minoritário está errado. Digamos que Galileu tenha sido polêmico ao demonstrar que a Terra girava em torno do Sol, não o contrário… Afinal, a maioria pensava outra coisa."
José Augusto.

Lauro Augusto Bittencourt Borges disse...

Primo,
Às suas instigantes “polêmicas”:

a) O “conservador”, no caso, como também reza mestre Aurélio é com esse sentido:
“Diz-se daquele que é apegado a hábitos ou a valores tradicionais”.

b) Roberto Campos foi um político que o honrou o flanco direito da política brasileira. Não deixou herdeiros. Papai e filhinho Maia, César e Rodrigo, brigam pela herança, mas não estão nem perto do patamar de RC.

c) Quanto ao “polêmico” ele o é e achei perfeita a admissão nestes termos: “Mas “polêmico” assume também o sentido da opinião não-consensual, que desperta reações de amor e de ódio, que costuma opor entusiastas e adversários de modo inconciliável. É, não deixa de estar aí embutida a idéia de “luta”. E acho que posso me encaixar nesse perfil”.
Então, primo, ainda o acho um conservador de direita polêmico, o viés positivo ou pejorativo da adjetivação (ou rotulação) depende do ponto de vista de quem lê.

abs