quarta-feira, 1 de abril de 2015

Nobel

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A despeito do pessimismo que grassa por aí, a humanidade tem motivos para se dar como salva. Leiam a boa nova que esteve nas manchetes da semana nos portais internéticos:

“Nova tecnologia evita sobra de ketchup dentro da embalagem”.

Combalida, a economia mundial vai voltar a crescer muito nos próximos meses com tão revolucionário invento.

E este derrubado escriba, apesar de tudo um otimista incorrigível, navegou nos mares virtuais para pescar outros achados fenomenais. Nossa frágil existência granjeou muitos séculos a mais.

Segue o rol da ciência para o novo mundo:

Josiah Carberry, professor, explorador eclético e buscador da verdade, desenvolveu uma pioneira pesquisa em psicocerâmica, analisando milhões de cacos de vasos quebrados.

Um quarteto nipônico de Yokohama desbravou fronteiras inóspitas do fedor e elucidou quais são os componentes químicos responsáveis pelo chulé.

A nutrição alegórica deve muito à Doutora Ivette Bassa, que conseguiu sintetizar a gelatina azul brilhante. Hoje ela trabalha muito para que vacas do Nepal produzam leite verde musgo.

Três médicos norte-americanos, misericordiosos, escreveram o tratado “Gestão Crítica do Pênis Preso no Zíper”. Projetam, em conjunto com um grupo de dentistas, um estudo sobre “Resíduos de Carne Encravados nos Vãos dos Dentes”.

Wayne Hansen mapeou e planilhou a frequência numérica e sonora dos movimentos intestinais dos soldados americanos no Golfo Pérsico.

Mestres da Universidade de Yale criaram um método que ensina pombos a identificarem pinturas de Picasso e Monet.

Hogne Sandvik, da Universidade de Bergen, na Noruega, escreveu a brilhante tese: “Efeito da Cerveja, Bacalhau, Alho e Creme Azedo no Apetite dos Pernilongos”.

Outro norueguês, este de Oslo, cravou um necessário alerta médico preventivo em “Transmissão da Gonorreia Através de uma Boneca Inflável”.

Em Massachusetts, Don Jacobson criou a mais fantástica ave decorativa do planeta: o flamingo rosa de plástico.

Cientistas suíços e japoneses conceberam em Zurique um robô que mede as ondas cerebrais de pessoas enquanto elas mascam diferentes tipos de chiclete.

A meteorologia encontrou seu máximo expoente em Bernard Vonnegut, por seu experimento “Depenagem de Galinhas Como Meio de Medir a Velocidade de Ventos e Tornados”.

Peter Fong, da Universidade da Pensilvânia, contribuiu com “Efeitos do Prozac no Humor dos Mexilhões”. Aqui cabe um parêntese local: Johnny Noronha, farmacêutico pinhalense, se inspirou na descoberta do acadêmico norte-americano e está lavrando “Efeitos do Rivotril na Personalidade do Lambari”.

Takeshi Makino, de Osaka, inventou o Spray da Infidelidade. Esposas detectam as escapulidas do marido aplicando-o nas roupas de baixo dele. A cueca fica rosa se o bandido pulou a cerca.

No Reino Unido, Charles Deeming fez um magnífico relato da sua observação homem/animal em “Hábitos de Cortesia de Avestruzes com os Humanos em Fazendas da Bretanha”.

Lauro Augusto Bittencourt Borges, bancário de São João da Boa Vista, foi definitivo na sua brochura “Como Embromar Leitores do Blog Mesclando o Nada com Coisa Nenhuma”.

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