segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Gols radiofônicos e o Pai da Matéria




















Por recreio e obrigações paternas, estive em Sampa neste fim de semana. Lá pelas 5 e pouco da tarde, saí da Vila Mariana para voltar aos Crepúsculos. O Tricolor e o Peixe duelavam num cotejo eletrizante na Vila.
Ligo o rádio do carango e logo sintonizo a Transamérica FM. Estou no Paraíso e a voz vibrante de Eder Luiz cantava o placar de empate em dois gols.
O complicado trânsito da Paulista não me aborreceu ante a emoção do jogo lá e cá tão bem retratado na voz do speaker. Em apenas oito minutos, mais três gols na segunda etapa que decretaram a vitória do escrete do Morumbi por 4 x 3.
No gol da vitória, uma falta magistral cobrada pelo ídolo Rogério Ceni, eu estava em frente ao Conjunto Nacional. Arrepiado, minha esposa conteve o meu ímpeto de comemorar o tento do goleiro-artilheiro com um surto de buzinadas.
Ouvir a épica vitória do meu time pelas ondas radiofônicas, remeteu-me aos anos 70 e 80 quando futebol ao vivo era avis rara na TV brasileira. Este blogueiro, à época, acompanhava as jornadas esportivas através da voz dos gênios do microfone, Fiori Gigliotti e Osmar Santos, este último, na minha opinião, o maior nome de todos os tempos do rádio esportivo do Brasil.
Em tempos de Galvão Bueno e suas bizarrices, dá vontade de dar um mudo no som da TV e ouvir as pelejas pela locução metralhada e apaixonada dos radialistas do fut brasilis.
E, cá nas plagas macaúbicas, Esportiva e Palmeirinha em épocas áureas, tinham grandes narradores nos seus embates. Luis Roberto de Múcio, João Fernando Palomo, Edelson Decanini, entre tantos outros, que empunharam com competência os microfones do rádio esportivo sanjoanense.
É fogo no boné do guarda! Aumente o volume e curta momentos arrepiantes do garotinho Osmar Santos: tem vinhetas, entrevistas, locuções de muitos gols e muita, muita emoção.


Clique nos links abaixo.
Entrevistas, vinhetas e gols do Peixe







2 comentários:

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Escriba,
Conheci o Osmar Santos uma semana antes do fatídico acidente. Não sou muito ligado em futebol, mas o Pai da Matéria me encantou pela simpatia e pelo calor humano. Bela e justa homenagem, esta sua. Meu crepuscular abraço.

Marcelo

Lauro Augusto Bittencourt Borges disse...

Pedi ao Marcelo Sguassábia que me contasse sobre o encontro com o Pai da Matéria. Taí o curto relato:

Oi, Lauro.
O encontro foi rápido, infelizmente. Na época conseguimos, suadamente, uma verba extra da então Freios Bendix para fazer a locução de uma promoção de lonas e pastilhas com o Pai da Matéria. O cara matou no peito e fez um golaço, sem precisar repetir o texto. Depois só troquei uma ideia rápida com ele, pois precisava voltar logo pra São Paulo. É isso. Foi "ripa na chulipa e pimba na gorduchinha".

Abraços belóquidos.