sexta-feira, 10 de maio de 2019

Orides


Minha alma de cronista brinca com o lírico, mas ela resiste —e teme— transitar por caminhos essencialmente poéticos.

Inspirado pela palestra da Professora Elisabete Brockelmann, ousei poetar sobre a minha relação com a obra de Orides Fontela. O nome do poema, ORIDES, é óbvio, mas não consegui, e nem quis, fugir dele.

ORIDES

Árido é o verbo,
hermética construção.
Assusto!

Insondável significado,
simbolismo distante.
Insisto!

A captura do concreto,
o retrato do lúdico.
Absorvo!

Metáforas penetrantes,
passeio (anti)lírico.
Flerto!

Há flores,
cores.
Sucumbo!



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