Não há como dissociar Cuba dos charutos. Eles são um símbolo e um orgulho nacional. Também são importantíssimos para a combalida economia da ilha.
Os habanos mais desejados —e portanto mais caros— são os feitos à mão. Pelas condições climáticas e características do solo, a região de Pinar del Rio, no extremo oeste cubano, produz aquele que é considerado o melhor tabaco do mundo.
Como quase tudo em Cuba, a indústria “charuteira” é totalmente controlada pelo governo.
Vendidos em poucos estabelecimentos oficiais, um legítimo charuto cubano de selo consagrado —Cohiba, Montecristo, Partágas, Romeo y Julieta— pode custar até R$ 100,00 a unidade.
Pelo status, pelo preço e pela grande procura pelos turistas, o habano é objeto de falsificação em larga escala. Nas ruas de Havana você é abordado o tempo todo com ofertas imperdíveis para comprar “o preferido do Fidel” ou “o favorito do Che”. Tudo fake.
Em Centro Habana, visitei a fábrica Partágas. Nas puídas e antigas instalações, centenas de tabaqueiros —ou torcedores—, ao som de música bem alta, numa quentura do cão, produzem manualmente cada um cerca de 100 charutos/dia.
O salário deste trabalhador que manufatura aproximadamente 2.200 habanos por mês equivale ao preço de venda de, acreditem!, dois charutos.
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